Fertilizacão In Vitro Aumenta Risco de Má-Formacão em Crianças
Especialistas da da Universidade da Califórnia (UCLA) em Los Angeles (EUA), mostram que crianças que são concebidas através da chamada fertilização in vitro tem um aumento considerável no risco de desenvolver defeitos congênitos se comparadas com crianças concebidas de forma natural.
O percentual de risco para bebês fertilizados in vitro chega a 9%, enquanto as crianças concebidas naturalmente possuem risco
de 6,6 %.
A diferença também é percebida se forem analisados individualmente alguns problemas congênitos a que estão sujeitas: Má formação dos olhos (3% contra 2% de risco em bebês concebidos de forma natural), coração (5% contra 3%) e problemas genito-urinários (1,5% contra 1%).
De acordo com Lorraine Kelley-Quon chefe da pesquisa cujo resultados foram apresentados na conferência anual da Academia Americana de Pediatria: "É importante para os pais que estão considerando a fertilização in vitro ou outras tecnologias de reprodução assistida que entendam esse potencial risco médico antes de tomarem a decisão de optar por esse tipo de fertilização".
Nos Estados Unidos, o estado da Califórnia é o que possui a maior taxa de utilização de técnicas de fertilização in vitro. O estudo se baseou em dados obtidos sobre crianças nascidas entre 2006 e 2007 a partir da fertilização in vitro ou cujas mães foram submetidas a tratamentos para aumentar a fertilidade. Os pesquisadores envolvidos nesse estudo consideraram fatores como idade da mãe, raça, número de filhos, sexo do bebê bem como a presença de defeitos congênitos.
O estudo foi conduzido no Hospital Infantil Mattle da Universidade da Califórnia envolvendo dados de 4795 crianças nascidas com fertilização in vitro e, 46.025 concebidas de forma natural, todas com as mesmas características demográficas maternas.
Os cientistas identificaram 3.463 casos de defeitos congênitos importantes. As crianças concebidas pela fertilização in vitro tiveram risco 1,25 vezes maior do que as que foram concebidas naturalmente. Já para os casos de tratamentos de infertilidade, como a inseminação artificial ou a indução da ovulação, o risco não foi considerado significativo.
Fonte: El País