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domingo, 23 de abril de 2023

O que sabe até agora sobre a cura do câncer (2023)?


Até o momento, não existe uma cura única e universal para o câncer. No entanto, há avanços significativos na pesquisa e tratamento do câncer que ajudam a melhorar a taxa de sobrevivência e qualidade de vida dos pacientes.

Algumas das opções de tratamento disponíveis incluem cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal, imunoterapia, terapia-alvo, entre outras. O tratamento utilizado depende do tipo e estágio do câncer, bem como das características individuais do paciente.

A pesquisa em câncer continua a evoluir, com novas terapias sendo desenvolvidas e testadas constantemente. Algumas das áreas de pesquisa promissoras incluem a terapia genética, terapia com células-tronco e terapia de nanopartículas.

Nos últimos anos, houve vários avanços no tratamento do câncer, incluindo:

Imunoterapia: Esta terapia envolve o uso de drogas que ajudam o sistema imunológico do paciente a combater o câncer. Ela pode ser eficaz em muitos tipos de câncer, incluindo melanoma, câncer de pulmão e câncer de rim.

Terapia-alvo: Esta terapia envolve o uso de drogas que atacam especificamente as proteínas ou moléculas que impulsionam o crescimento do câncer. Ela pode ser eficaz em muitos tipos de câncer, incluindo câncer de mama, câncer de pulmão e câncer colorretal.

Terapia com células CAR-T: Esta terapia envolve a modificação das células T do próprio paciente em laboratório para atacar as células cancerígenas. Ela tem sido eficaz em tratar alguns tipos de leucemia e linfoma.

Terapia genética: Esta terapia envolve a alteração genética das células do paciente para torná-las mais resistentes ao câncer. Ela tem sido eficaz no tratamento de alguns tipos de câncer, incluindo a leucemia.

Radioterapia de precisão: Esta técnica de radioterapia utiliza imagens de alta precisão para direcionar feixes de radiação no câncer com mais precisão, minimizando o dano às células saudáveis circundantes.

Esses avanços têm permitido aos médicos e pacientes uma variedade de opções de tratamento mais eficazes e menos invasivas do que as disponíveis anteriormente. No entanto, cada paciente e câncer é único, e o tratamento ideal para um paciente dependerá de muitos fatores diferentes.

Embora ainda não exista uma cura única e definitiva para o câncer, o tratamento avançou significativamente nas últimas décadas, e muitos pacientes agora vivem vidas saudáveis e produtivas após o tratamento.


terça-feira, 4 de abril de 2023

O que se sabe até agora sobre a cura da doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa complexa e devastadora que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. 

 Os cientistas estudam a doença há muitos anos, e progressos significativos foram feitos em esforços de pesquisa recentes. Aqui estão algumas das descobertas mais recentes: 

 Genética: pesquisas recentes identificaram vários novos genes que podem desempenhar um papel no desenvolvimento da doença de Alzheimer. 

Esses genes estão envolvidos em processos como inflamação, metabolismo lipídico e resposta imune, e fornecem novos alvos para o desenvolvimento de medicamentos.

Há também avanços na terapia de imunização, que envolve o uso de anticorpos para reduzir o acúmulo de placas amiloides no cérebro. 

Biomarcadores: Biomarcadores são substâncias mensuráveis no corpo que podem indicar a presença de doenças. Os pesquisadores identificaram vários novos biomarcadores para a doença de Alzheimer, incluindo marcadores sanguíneos e marcadores que podem ser detectados por meio de técnicas de imagem, como PET scans. 

 Desenvolvimento de medicamentos: Vários novos medicamentos estão sendo desenvolvidos para tratar a doença de Alzheimer, com foco nos depósitos de proteínas anormais (amilóide e tau) que são característicos da doença. Algumas dessas drogas são anticorpos monoclonais, que são projetados para limpar os depósitos de proteína do cérebro.
Intervenções no estilo de vida: pesquisas recentes mostraram que as intervenções no estilo de vida, como exercícios e uma dieta saudável, podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver a doença de Alzheimer. Estudos também mostraram que o treinamento cognitivo, o envolvimento social e o sono podem desempenhar um papel na manutenção da saúde do cérebro.
Também foi Descoberto de que a dieta mediterrânea e o exercício físico regular podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver a doença. 

Inteligência artificial: A inteligência artificial (IA) está sendo usada para analisar grandes conjuntos de dados e identificar padrões que podem ser relevantes para a doença de Alzheimer. Por exemplo, algoritmos de aprendizado de máquina estão sendo desenvolvidos para analisar dados de imagens cerebrais e prever a progressão da doença de Alzheimer. 

 Em resumo, pesquisas recentes sobre a doença de Alzheimer forneceram novos insights sobre a genética e os biomarcadores da doença, bem como novos alvos de drogas e intervenções no estilo de vida. 

 Essas descobertas oferecem esperança para melhores tratamentos e estratégias de prevenção para essa doença devastadora. 

 Apesar desses avanços, ainda há muito a ser descoberto sobre a doença de Alzheimer e como tratá-la efetivamente. 

 A pesquisa continua em andamento para encontrar uma cura para essa doença debilitante.

domingo, 27 de dezembro de 2015

Gonorreia pode virar doença incurável


A gonorreia pode se tornar-se em breve uma doença incurável, alerta a diretora médica oficial da Inglaterra, Dra.Dame Sally Davies.

Diante do aparecimento na cidade inglesa de Leeds, do que se poderia classificar como 'super-gonorréia' a doutora Davies resolveu escrever a todos os clínicos gerais e farmácias para garantir que eles estão prescrevendo a medicação correta para a doença.

Sua advertência surgiu em virtude da preocupação de que alguns pacientes não estavam recebendo antibióticos suficientes para eliminarem por completo a infecção.

Médicos da saúde sexual disseram que a gonorréia está se tornando resistente aos antibióticos de maneira muito rápida.

Em março deste ano, uma estirpe da gonorreia altamente resistente aos medicamentos foi detectada no norte da Inglaterra.

Essa estirpe é capaz de sobreviver ao antibiótico azitromicina,  normalmente usado juntamente com outro medicamento, a ceftriaxona.

Em sua carta, a médica-chefe disse: "A gonorreia está em risco de se tornar uma doença incurável, devido ao surgimento contínuo de resistência antimicrobiana."

Tratamentos parciais

A suposta combinação de uma injeção de ceftriaxona e  uma pílula de deazitromicina não pode ser sempre usada para todos os pacientes.

No início deste ano, a Associação Britânica para a Saúde Sexual e HIV (BASHH)  já havia advertido que algumas farmácias pela internet vinham oferecendo apenas a medicação oral.

A utilização de apenas um dos dois medicamentos torna mais fácil a bactéria da gonorreia desenvolver resistência.

A carta, enviada aos médicos e farmácias, e que também é assinada pelo farmacêutico-chefe Dr. Keith Ridge, alerta: "A gonorreia adquiriu rapidamente resistência a novos antibióticos, deixando poucas alternativas para as atuais recomendações. Portanto, é muito importante que o tratamento parcial não ocorra"

O que é gonorréia?

A gonorreia é uma doença causada por uma bactéria chamada Neisseria gonorreia. Ela é transmitida através de relações sexuais de forma desprotegida. O contágio pode ocorrer tanto pelo sexo vaginal, oral como anal.

Os sintomas geralmente incluem: surgimento de secreção verde ou amarela espessa nos órgãos sexuais, dor ao urinar e sangramento ocasional.
Muitas vezes a pessoa não apresenta sintomas, mas no entanto, pode facilmente contagiar outras pessoas.

A infecção não tratada pode levar à infertilidade, à doença inflamatória pélvica e pode também ser transmitida ao feto durante a gestação.

Na Inglaterra , a gonorreia é o segunda infecção sexualmente transmissível mais comum, e o números de casos vem aumentando consideravelmente nos últimos anos.

De 2013 para 2014 por exemplo, houve um aumento de 19% no número de casos.

O Dr Andrew Lee, da Saúde Pública inglesa acrescentou que estã sendo investigados uma séria de casos de gonorreia resistente e que a Saúde Pública da Inglaterra continuará a acompanhar, e tomar ações contra a propagação da resistência antimicrobiana e potenciais falhas no tratamento da gonorréia.


Fonte BBC

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Redução da Pressão Arterial traria benefício a todos?


Um estudo divulgado no site The Lancet considera que muitas vidas poderiam ser salvas se todos os pacientes com alto risco de doença cardíaca tomassem remédios para baixar a pressão.

Essa conclusão representa uma guinada nas diretrizes atuais que recomendam tomar remédios para hipertensão somente se a pressão arterial se mantiver acima de certo limite.
Mas os especialistas reconhecem que o estilo de vida têm um papel fundamental para que se mantenha a pressão arterial em níveis mais baixos.

A pressão arterial alta aumenta o risco de doença cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC).
As orientações atuais sugerem que os pacientes devem tomar medicação anti-hipertensão quando os seus níveis de pressão arterial chegarem a 140 mmHg.

Até este limite, mesmo pessoas que já tiveram acidentes vasculares cerebrais, por exemplo, são apenas monitoradas, mas sem utilizarem medicamentos.

Agora, uma equipe de especialistas estão alertando para que os médicos se concentrem nos riscos de cada indivíduo, em vez de seguirem rígidos limites pré-estabelecidos para a pressão arterial.

Estudo Abrangente

Os pesquisadores envolvidos nessa pesquisa,  analisaram os resultados de mais de 100 ensaios em grande escala, envolvendo cerca de 600.000 pessoas entre 1966 e 2015.

Eles constataram que os pacientes de maior risco (fumantes com níveis altos de colesterol e pessoas diabéticas com mais de 65 anos de idade) - teriam maiores benefícios com o tratamento anti-hipertensivo, diminuindo seus riscos de terem ataques cardíacos e derrames.

O relatório emitido pelos cientistas, também indica que uma vez sob tratamento, os níveis de pressão arterial poderiam ser reduzidos abaixo das metas atualmente estabelecidas.

Além disso, esse estudo levanta a questão de que, independente dos níveis da pressão arterial, as pessoas poderiam beneficiar-se reduzindo-a seja por mudanças na alimentação, estilo de vida, ou mesmo com a utilização de medicamentos. No entanto, eles não não vão tão longe a ponto de sugerir todos devem tomar remédios, principalmente porque os efeitos colaterais da medicação devem ser ponderados.

O professor Liam Smeeth, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, concordou que as descobertas são importantes sobretudo para aqueles pacientes de maior risco, mas alertou: "Uma advertência importante é que nem todos serão capazes de tolerar ter sua pressão arterial reduzida a níveis baixos, e há uma necessidade de equilibrar os possíveis efeitos colaterais da droga e os benefícios esperados."

O especialista cardíaco Tim Chico, da Universidade de Sheffield, chamou a atenção de que a utilização de remédios não é necessariamente a única maneira de resolver o problema: "Todos podemos reduzir nossa pressão arterial. Podemos fazer isso com segurança, de forma barata e eficaz com uma alimentação saudável, tendo mais atividade física, reduzindo o consumo de álcool, e mantendo um peso saudável."


sexta-feira, 10 de julho de 2015

Fumar pode causar esquizofrenia?


O cigarro pode provocar esquizofrenia?

Uma equipe de pesquisadores da universidade de Kings (Londres) afirma que há evidências

muito fortes de que os fumantes estão mais propensos a desenvolverem esquizofrenia e que

fumantes jovens podem acelerar o aparecimento da doença.

Eles publicaram sua descoberta no periódico Lancet Psychiatry, um dos principais informativos

da área de saúde no mundo. Segundos os pesquisadores, após analisarem 61 estudos eles

concluíram que a nicotina pode estar alterando o cérebro de seus usuários. Apesar de

reconhecerem que ainda serão necessários mais estudos sobre o assunto eles afirmam que as

evidências são muito fortes.

O hábito de fumar já vem sendo associado a psicose, embora se admita que parte dessa

conexão seja pelo fato de eu muitos pacientes esquizofrênicos são mais propensos a usar o

cigarro como uma espécie de ‘auto-medicação’, aliviando o sofrimento de ter alucinações e

ouvir vozes.

Depois de analisarem dados de 14.555 fumantes e 273.162 não-fumantes presentes nos

estudos relacionados, os cientistas concluíram que:

57% das pessoas com psicose já fumavam antes de terem seu primeiro surto psicótico

As pessoas que fumavam diariamente foram duas vezes mais propensos a desenvolver

esquizofrenia do que os não-fumantes

A média de idade para o aparecimento da doença entre os fumantes foi um ano menor que

que a idade em que a doença apareceu entre os não-fumantes.

A lógica é de que se houver uma maior taxa de pessoas que fumaram antes de se tornar

esquizofrênicas, então fumar não é meramente um caso de auto-medidcação e sim um fator

importante no desenvolvimento da doença.

O Dr James MacCabe, do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência no King’s College ,

afirmou: "É muito difícil estabelecer o nexo de causalidade [apenas baseado neste tipo de

estudo], o que esperamos é que isso faça com que se abra os olhos para a possibilidade de que

o tabaco poderia ser um agente causador da psicose, e esperamos que isso irá, em seguida,

levar a outras experiências de investigação e estudos clínicos que forneçam provas mais

robustas nesse sentido".

Embora a maioria dos fumantes não desenvolva esquizofrenia, os pesquisadores acreditam

que o cigarro está aumentando esse risco. Uma forte evidência disso é o fato que a incidência

mundial da esquizofrenia é cerca de uma para cada 100 pessoas

A incidência global da doença é de uma em cada 100 pessoas normalmente, o que pode ser

aumentada para duas para cada 100 se considerarmos os indivíduos que fumam.

Já é sabido que a esquizofrenia está relacionada com os níveis de dopamina no cérebro

(inclusive muitos remédios anti-psicóticos atuam diminuindo a ação desse neurotransmissor)

e  que a nicotina também atua alterando os níveis de dopamina, o que pode se relacionar ao

aparecimento da psicose.

O professor Michael Owen, diretor do Instituto de Medicina Psicológica da Universidade de

Cardiff,  afirmou que os pesquisadores apresentaram evidências muito fortes de que fumar

pode aumentar o risco de esquizofrenia: "O fato é que é muito difícil provar a causa sem um

estudo randomizado, mas já há boas razões para a adoção de medidas de saúde pública

envolvendo o tabagismo também para a área da saúde mental."

Consultada sobre o assunto, a organização Rethink, que apoia ações para doenças mentais

afirmou: ”Sabemos que 42% de todos os cigarros na Inglaterra são fumados por pessoas com

problemas de saúde mental, e assim quaisquer novas conclusões sobre a relação entre

tabagismo e psicose é sim algo preocupante. No entanto, mais estudos de longo prazo são

necessários para compreender totalmente este link em potencial."

Fonte:
http://www.bbc.com/news/health-33464480


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Quando usar gelo ou calor numa lesão ?

O tecido muscular esquelético possui a maior massa do corpo humano, com 45% do peso total.
As lesões musculares estão entre as queixas mais comuns no atendimento ortopédico ocorrendo tanto em atletas quanto em não- atletas.
Essas lesões podem ser desencadeadas por acidentes, como quedas, pancadas e torções, causando impacto direto e danos à estrutura muscular.
Quando ocorre uma lesão, nosso organismo dá início a uma sequência de etapas até a recuperação das fibras musculares. Logo após a contusão, inicia-se a regeneração muscular com a reação inflamatória entre 6 a 24 horas após o trauma. O processo de cicatrização inicia-se cerca de três dias após a lesão, com estabilização em duas semanas.
A restauração completa pode levar de quinze a sessenta dias para se concretizar.
(imagem: sxc.hu)


GELO
O gelo é muito eficiente em inflamações de nervos e em lesões onde houve um rompimento das veias e artérias, causando o inchaço. Nesses casos, o calor poderia aumentar o inchaço, sendo indicado após 48 horas de ocorrência do trauma.

CALOR
O Calor vai ajudar no relaxamento muscular melhorando a mobilidade dos músculos, tendões e ligamentos.
O Gelo atua como um anti-inflamatório, ajudando a relaxar a musculatura pelo efeito analgésico que tem. A utilização do gelo vai reduzir a dor, e o espasmo muscular diminui o metabolismo e o fluxo sanguíneo, bem como o edema, dessa forma, acelerando a regeneração das fibras musculares rompidas. Deve-se ficar atento ao relógio para que a aplicação fique entre 12 a 15 minutos, dependendo da área de aplicação.
Vale também lembrar que os medicamentos anti-inflamatórios de ação local ou sistêmica atuam inibindo a cascata inflamatória e consequentemente a produção de prostaglandinas (responsáveis pela dor, inchaço, hiperemia e calor da musculatura acometida).
A ação local é comum com o uso de aerossóis, géis e emplastros, usados principalmente em lesões musculares agudas como por exemplo contusões e entorses em atividades esportivas.

Diante de uma lesão muscular, é necessário buscar ajuda médica e seguir a prescrição como horários e duração do tratamento.





terça-feira, 31 de julho de 2012

Droga anticâncer se torna nova arma contra a AIDS

Droga anticâncer é capaz de tirar o vírus HIV de seu esconderijo

A primeira providência que o vírus HIV toma ao infectar uma pessoa é se esconder. Para isso ele se livra de algumas de suas partes ficando apenas com o essencial: seu código genético que ele consegue infiltrar em meio ao DNA do hospedeiro. Lá onde ele fica escondido, as drogas não conseguem afetá-los e esse é um dos motivos que faz com que seja tão difícil combatê-lo.
(imagem: sxc.hu)

Mas uma recente descoberta científica nos deixa bastante otimista que essa capacidade do vírus da AIDS de se esconder esteja prestes a ser solucionada.
Um artigo publicado na revista Nature informa que um grupo de organizações de pesquisa coordenadas pela Universidade da Carolina do Norte e que inclui a Universidade de Harvard, a Universidade da Califórnia, a Merck e o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos descobriu que uma droga utilizada para tratamento do câncer, o Vorinostat, pode ser usada para ativar o vírus HIV até então escondido tornando-o vulnerável a medicação.

O fato do vírus se esconder no organismo  faz com que as pessoas infectadas tenham que tomar medicamentos por toda a vida de modo que quando o vírus se exponha  ele não tenha tempo para se reproduzir ou infectar outras células.

O estudo utilizou oito homens HIV-positivos para receberem a droga Vorinostat. Os voluntários estavam até então num estágio considerado ‘controlado’  da infecção pelo HIV. Logo após eles receberem a medicação, eles tiveram nível de vírus no seu linfócitos medido pelos pesquisadores. Surpreendentemente o nível de vírus foi 4,5 vezes maior do que antes, o que embora a primeira vista pareça algo terrível, foi interpretado como se o HIV tivesse saído de seu esconderijo. Isso tornaria o vírus vulnerável a ação de outros medicamentos.

A importância de medir a presença do vírus em células do sistema imunológico é fundamental porque além de ser onde o vírus esconde é também nelas onde o HIV faz o seu maior estrago: sua reprodução destrói o linfócito deixando o corpo vulnerável. Estando enfraquecida,  a pessoa  torna-se presa fácil para chamadas infecções oportunistas  como a tuberculose, a pneumonia e alguns tipos de câncer.  Essas doenças são o que na verdade terminam por causar a morte.

Esse experimento foi apenas um primeiro passo que vem a se somar a tantas outras pesquisas que objetivam encontrar a cura para AIDS.



terça-feira, 24 de julho de 2012

Identificada Doenca misteriosa Que Mata Crianças no Camboja




Investigações realizadas pela OMS e do Ministério da Saúde do Camboja desvendaram a causa de um misterioso surto que já matou mais de 50 crianças este ano.

Um número incomum de crianças tem morrido cerca de um dia após darem entrada no hospital por uma ‘doença misteriosa’ agora identificada no Camboja.


descober As autoridades de saúde concluíram que a causa seria uma estirpe severa do enterovirus 71 (EV-71),  responsável pela síndrome da mão, pé e boca agravada pelo incorreto tratamento que os pacientes receberam.

Desde abril, cerca de 60 crianças, na maioria com menos de 3 anos de idade,  foram afetadas e mais de 50 morreram após apresentarem os mesmo sintomas sem que os médicos tivessem identificado qual era a doença.

No último dia 13 de Julho (2012) na cidade de Phnom Penh,  funcionários da Organização Mundial de Saúde (OMS)  e do Ministério da Saúde do Camboja relataram que as investigações sobre a causa das mortes concluíram que elas se deram devido a uma "forma grave" da doença da mão, pé e boca (DMPB). Entre os casos em que foi possível recolher amostras a maioria apresentou resultados positivos para enterovirus 71 (EV-71), uma cepa bastante difundida às vezes extremamente letal deste vírus.

Nima Asgari, especialista em saúde pública da OMS, declarou recentemente numa entrevista  esta variante do EV-71, nunca havia sido vista no Camboja:
”Isso não significa que ele não estava aqui, só que nós nunca o tínhamos detectado. Ao considerarmos que ele já foi identificado na China, Taiwan, Tailândia, Malásia, não é surpreendente vê-lo por aqui. É realmente uma doença muito difundida em muitos países do mundo.”

Milhões de casos têm sido identificados na região desde 1970. Esta doença geralmente é leve e a maioria dos pacientes se recuperam dentro de um pouco mais de uma semana. Apenas um número reduzido de pacientes necessita de tratamento hospitalar. As crianças tem sido as principais vítimas nos surtos das formas mais graves da DPMB.

Segundo a OMS, somente nos primeiros 5 meses do ano  29 pessoas morreram de EV-71 no Vietnã  e 244 na China.

Apenas no Camboja, pelo menos 54 crianças morreram da doença desde abril. No mês de junho,  o diretor dos Hospitais da Criança Kantha Bopha, Beat Richner,  alertou o Ministério da Saúde para o surto solicitando uma investigação. Na ocasião ele já alertou que havia observado que pouco antes de morrer a maioria dos pacientes haviam sido submetidos a exames de raio-x e tomografia computadorizada. A análise destes exames havia demonstrado destruição dos alvéolos pulmonares.

"Eles estavam sofrendo de uma encefalite e nos últimos 6 horas eles desenvolvem uma pneumonia mais grave” relatou Richter na ocasião.

Na forma mais branda da DMPB, os principais sintomas são febre, falta de apetite, e a formação característica de bolhas revelador sobre as palmas das mãos, nas plantas dos pés e na boca. Sintomas mais graves como falta de are convulsões também podem ocorrer em casos mais graves.

A OMS e o Ministério da Saúde do Camboja focaram a investigação em 61 casos. Entre os mortos estavam crianças entre 3 meses e 11 anos, sendo a média 2 anos de idade. Mais da metade dos pacientes eram do sexo masculino.

A desnutrição e a falta de tratamento médico adequado teriam contribuído para o agravamento dos casos que resultaram fatais.
"Um número bastante significativo de casos haviam sido tratados com esteróides em algum momento da doença. Já foi evidenciado que uso de esteróides pioram a condição dos pacientes com EV-71" afirmaram representantes da OMS ao comunicarem suas descobertas.

Daqui prá frente as unidades de saúde foram alertadas para evitar o tratamento com esteróides.  Outras medidas como cursos de formação para os médicos para que saibam tratar adequadamente pacientes com as formas moderadas ou graves da DMPB estão também em andamento além de campanhas de esclarecimento ao público em geral para evitar a doença.

A transmissão da doença se dá pelo contato direto através da ingestão do vírus, normalmente proveniente de fezes contaminadas.
Daí a necessidade dos cuidados de higiene, sobretudo lavar as mãos antes de se alimentar, cozinhar ou depois de dar banho em crianças. Alimentos mal lavados ou ou mal cozidos também podem conter o vírus.

No momento, os casos parecem ter diminuído, mas o Ministério da Saúde ea OMS alertaram profissionais de saúde a ficarem atentos.

O tratamento da DMPB no momento é feito com base nos sintomas. Enquanto isso, já existem pesquisas em andamento para o desenvolvimento de uma vacina. Duas empresas pelo menos já estão realizando testes clínicos com vacinas destinadas ao vírus EV-71.

Representantes da companhia biofarmacêutica chinesa Sinovac declararam que que eles já vacinaram 10 mil crianças como parte de seus ensaios.
Outra empresa, a norte-americana Inviragen anunciou em Março que já obteve respostas imunológicas positivas com sua vacina durante ensaios clínicos realizados recentemente.


Imagem: Corbis


quarta-feira, 18 de julho de 2012

O Custo da Pílula de Prevenção a AIDS e o Alto Custo do Tratamento- Truvada


Na última segunda-feira (16-07-2012) a FDA (Agência Federal de Alimentos e Medicamentos) dos Estados Unidos aprovou a utilização da primeira pílula para ajudar a prevenir a AIDS. Com o nome comercial de Truvada, a pílula do laboratório Gilead Sciences deverá ser utilizada principalmente por pessoas consideradas em grupos de risco.
No anúncio da FDA foi declarado que "O Truvada deverá ser utilizado na profilaxia prévia à exposição ao HIV,  em combinação com práticas de sexo seguro, visando prevenir as infecções por via sexual em adultos de alto risco. O Truvada é portanto o primeiro remédio aprovado com esta indicação".
Encontrado no mercado farmacêutico desde 2004, nos Estados Unidos,  esse medicamento já vinha sendo utilizado em combinação com outros anti-retrovirais no tratamento de portadores do vírus HIV. Ele na verdade é uma combinação de outras duas drogas mais antigas o Emtriva e o Viread receitadas pelos médicos como parte de um coquetel de medicamentos que visam dificultar a proliferação do vírus e consequentemente reduzindo o desenvolvimento da doença.
A autorização da FDA para que este medicamento seja indicado agora também para pessoas que não sejam portadoras do vírus da AIDS, no sentido de auxiliar na prevenção contra a infecção, é resultado de testes clínicos que demonstraram que ele pode reduzir o risco de contaminação pelo HIV de 44 a 73% em homens homossexuais sadios. A aprovação permite que o fabricante do medicamento possa vendê-lo formalmente segundo condições pré-estabelecidas pelo órgão americano.  Nos Estados Unidos, os médicos a partir de agora estão autorizados a prescrever o Truvada a grupos de alto risco como prostitutas ou casais que tenham um dos parceiros soropositivo.
O principal estudo a indicar a eficiência desta droga também na prevenção da infecção pelo HIV foi  publicado em 2010 no New England Journal of Medicine. Os cientistas analisaram informações sobre 2499 homens selecionados para tomar uma dose diária do Truvada. Todos mantiveram relações homossexuais. Alguns dos participantes tomaram um medicamento sem nenhum efeito (placebo). Entre os que tomaram regularmente o Truvada a redução das infecções pelo HIV foi de quase 73%. Esses resultados pela primeira vez demonstram que um medicamento já autorizado pela FDA foi capaz de diminuir a probabilidade de contrair o vírus HIV.
Apenas nos Estados Unidos 50 mil americanos são diagnosticados portadores do vírus HIV todo ano. A comissária do FDA, Margaret A. Hamburg  classificou a aprovação do Truvada como um "importante marco na luta contra o HIV".
No entanto, o próprio FDA alerta que o medicamento sozinho é incapaz de evitar a doença. É importante que as pessoas continuem utilizando os métodos já conhecidos como a camisinha.
O  infectologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ricardo Shobbie Diaz, afirmou a revista Veja  que,  os estudos mais conclusivos até o momento se referem  a homens que mantém relações sexuais com homens, portanto a droga deverá inicialmente ser indicada para esse grupo.
Enquanto uma boa parte dos cientistas comemora,  essa aprovação tem sido rejeitada por alguns grupos de prevenção da Aids, como a Aids Healthcare Foundation, dos Estados Unidos. A organização defende a idéia de que se for usado de forma contínua o medicamento poderá causar a falsa sensação de segurança o que faria as pessoas a abandonarem métodos de prevenção mais eficazes como o uso de preservativos.Os efeitos colaterais provocados pelo Truvada  em geral são vômitos, diarréia e tontura, sendo que há casos também relatados de intoxicação hepática e alteração das funções renais.

O Custo do Tratamento


Uma outra questão importante que vem a tona é a respeito do alto custo dos medicamentos  para portadores do HIV. Kevin Robert Frost, executivo da fundação de pesquisa da AIDS amfAR, declarou que “Aparentemente, poder prevenir o HIV com uma pílula é algo maravilhoso. Mas se você  olhar com mais detalhe as coisas começam a se tornar mais complicadas. Quando eu chego à questão de quem vai pagar por isso eu fico completamente aturdido. Na maioria dos países em desenvolvimento eles não conseguem nem dar medicamento para aqueles que já são HIV positivos.”
O portador do vírus da AIDS caso não seja tratado, pode ter seu sistema imunológico completamente comprometido. A doença matou 1,8 milhão de pessoas somente em 2010.
Conforme a UNAIDS, programa das Nações Unidas sobre HIV / AIDS, em países de baixa e média renda, apenas 6,6 milhões de pessoas, entre as 15 milhões que precisavam de tratamento, receberam o coquetel de drogas. A medicação é essencial para que essas pessoas possam prolongar suas vidas reduzindo o vírus a níveis indetectáveis.
Para conseguir medicar as pessoas já infectadas seriam necessários um acréscimo de mais 6 bilhões de dólares em cima dos 16 bilhões gastos para combater o vírus no ano passado.
No Brasil, o Ministério da Saúde informa que a inclusão deste medicamento no coquetel distribuído para portadores do HIV já foi analisada há dois anos e não foi encontrada uma justificativa para a troca das drogas. A utilização do Truvada encareceria bastante o custo do coquetel distribuído pelo Ministério da Saúde. No entanto como a droga já é devidamente registrada no país, ela pode ser receitada e comercializada normalmente por aqui.
Francois Venter,  executivo do Wits Reproductive Health and HIV Institute em Johanesburgo, África do Sul,  afirmou que também ficou bastante animado com o anúncio em 2010 de que o Truvada poderia diminuir o risco de contaminação pelo HIV em pessoas saudáveis. Mas desde então ele diz que tem conseguido preescrever o medicamento como medida de prevenção a um restrito grupo de pacientes que podem arcar com o custo de 480 dólares ao ano. Em seu país quase 1 terço da população vive com menos de 2 dólares por dia o que torna essa medicação fora de cogitação.
Nos Estados Unidos, onde a média de renda  das famílias é mais de 51 mil dólares ao ano, sendo que a maioria dispõe de convênio medico,  a perspectiva é bem diferente.  A droga agora passa efetivamente a ser encarada como um importante aliado na prevenção da AIDS.
Ken Mayer, diretor do centro médico do Fenway Institute em  Boston afirmou que “há pessoas em tratamento conosco que estão no grupo de alto risco. Eu realmente acho que a partir de então poderemos nos tornar mais eficientes ao protegê-los para que não sejam infectados.”
Para fazer o mesmo na África e na Ásia isso custaria bilhões de dólares aos cofres públicos.

Questões Éticas

Para Venter, muitos países não tem dinheiro sequer para medicar as pessoas já infectadas, sobretudo na África e na Ásia. Nesse sentido, colocar a prevenção acima do tratamento não faz sentido sobre o ponto de vista econômico nem seria eticamente responsável.
O pesquisador Timothy Hallet do  Imperial College of London estimou que em países com uma alta incidência de portadores de HIV,  teriam que ser tratadas pelo menos de 50 a 100 pessoas para se conseguir prevenir apenas uma infecção.  Em outro estudo ele concluiu que  em Kisumu, no Quênia, onde 1 em cada 10 adultos estão infectados , haveria um custo de 14 a 20 mil dólares para prevenir apenas uma infecção assumindo que fosse dado o remédio Truvada diariamente para a metade dos indivíduos com alto risco de infecção.  
O custo e a complexidade para administrar esse novo medicamento como medida de prevenção para milhões de pessoas  seriam muito altos.
O laboratório Gilead já vende o Truvada em países menos desenvolvidos praticamente sem lucro. Eles também cederam os direitos para que fabricantes de medicamentos genéricos da Índia possam vender o remédio. Estas medidas fazem parte de uma estratégia da empresa para ajudar a diminuir o preço em 112 países,  segundo informou Cara Miller, porta-voz  da Foster City, empresa sediada na Califórnia que é líder na fabricação de drogas para tratamento da AIDS.

Segundo ela, o tratamento chega a ser vendido por um custo de apenas 8 dólares ao mês em alguns países pouco desenvolvidos.

Michel Alary, professor da Université Laval, em Quebec no Canadá, alerta que mesmo que houvesse bilhões de dólares disponíveis para fornecer Truvada a toda população de risco, a droga não seria uma panacéia resolvendo todos os problemas.  
Segundo ele, algumas pessoas não vão se lembrar de tomar a medicação diariamente, o que é essencial para que ele seja eficaz. Essa irregularidade no uso do Truvada poderia resultar em infecção por HIV e ainda piorar a situação a medida que poderia promover o desenvolvimento de variações mais resistentes do vírus.

A preocupação de Alary é que os usuários do Truvada possam ter uma falsa sensação de segurança por não compreenderem totalmente as propriedades da pílula.
Caso as pessoas parem de usar preservativos, e ainda não tomem a pílula regularmente todo dia elas ficariam expostas e isso poderia levar a um aumento nas infecções. Para ele é importante que os governos no momento continuem focando seus esforços em campanhas de conscientização sobre a importância do preservativo e do sexo seguro.


A Organização Mundial de Saúde (OMS),  está planejando emitir diretrizes indicando  o uso do Truvada como prevenção para homens que têm sexo com homens e também para casais em que um dos parceiros está comprovadamente infectado.
Gottfried Hirnschall, diretor do departamento de HIV da OMS informou que por enquanto, a OMS não está recomendando o uso da pílula em profissionais do sexo porque não há dados suficientes para comprovar que esse grupo seria beneficiado e que essas pessoas iriam tomá-lo regularmente.

Essas preocupações com o custo e o uso da pílula para prevenção da AIDS não são de todo desanimadoras. Anthony Fauci, que é diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas em Bethesda, Maryland,  afirma que há uma década, ouviu  muitas pessoas preocupadas a respeito do Plano de Emergência da Presidência dos EUA contra a AIDS. Hoje esse programa  já provê tratamento para 3,9 milhões de pessoas. Com muito trabalho, essas questões foram superadas, disse ele.
Imagens:
Divulgação e Lacy/Corbis

Fontes:




quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Homem da Língua Gigante vai ser Operado Finalmente

Imagine ter que ficar 21 anos com a boca aberta porque alíngua é muito grande  e a impede de fechá-la.
Este é apenas um dos problemas de um homem de 34  anos na China chamado Wang Youping. Sua língua enorme mede 25 centímetros de comprimento, 10cm de largura e 7 cm de espessura é responsável por deformidades graves em sua arcada dentária e na face.

Desde que nasceu, o chinês Youping, morador da província deShaanxi, evidenciava uma série de problemas. Ele nasceu com os lábios inchadose escurecidos e a orelha esquerda possuía um tamanho fora do normal.
Quando ele tinha apenas 6 anos de idade os problemas começaram a se agravar. Sua língua passou a crescer exageradamente até que na adolescência, com 13 anos ele já não conseguia sequer fechar a boca.

O crescimento anormal deste músculo causou problemas também em sua comunicação pois a fala ficou muito prejudicada. A alimentação e a respiração também se complicaram muito tornando a vida de Youping um verdadeiro pesadelo.
Junto com esses problemas veio um risco ainda maior: Os vasos sanguíneos de sua boca podem terminar se rompendo devido a essa pressão demasiada provocada pelo crescimento de sua língua. Isso provocaria uma hemorragia grave que poderia ser fatal.

Depois de penar muitos anos tentando ao menos receber tratamento em hospitais de renome na China, sem obter sucesso devido a alegações de que seu caso era muito complexo, ele finalmente tem uma esperança.
Depois de exames preliminares,  especialistas de um hospital militar chinês decidiram operá-lo.
Eles planejam executar uma série de 5 cirurgias diferentes que seriam realizadas dentro de num período de 3 anos e que devem enfim acabar como tormento desse homem.

Crédito da Imagem: Rex Features

Fonte:
http://www.mirror.co.uk/news/weird-world/2012/01/17/giant-25cm-tongue-means-chinese-man-hasn-t-closed-his-mouth-in-21-years-115875-23704318/

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Os Riscos da Prática de Ioga - Porque Não Fazer Ioga


Um artigo alertando para os riscos de lesões na prática de Ioga publicado no New York Times provocou uma grande polêmica entre os praticantes e em especial entre os professores de Ioga.
No texto de Sheila Glaser ela fala de uma entrevista que fez com Glenn Black, professor de Ioga por quase 40 anos na Sankalpah Yoga em Manhattan. Entre os alunos de Black estão várias celebridades e gurus de destaque. Black, que estudou em Pune, na Índia, no instituto fundado pelo lendário BKS Iyengar,  passou muito tempo de sua vida meditando e praticando Ioga.

Crédito da imagem: www.sxc.hu

Sheila o procurou não para saber as virtudes da prática de Ioga, até porque ela mesma já havia praticado algum tempo, mas principalmente para colher informações sobre os riscos de se causar danos à saúde com esses exercícios. Isso porque, ela já sabia de antemão que muitos dos clientes de Black são pessoas que vieram em busca de algum tratamento ou reabilitação devido a lesões contraídas na própria prática de Ioga.

No artigo, cujo link disponibilizo ao final deste post, ela conta como contraiu uma séria lesão nas costas após se submeter a exercícios de Ioga que ela praticava para justamente tentar obter a cura para dores que vinha sentindo. Ela relata que foi dessa forma que ela acabou com a idéia que tinha de que “a ioga era uma única fonte de cura e nunca o mal”.

Nas aulas ministradas por Black, ela relata que o professor não ensina algumas posições e posturas clássicas da Ioga, como plantar bananeira ou se manter pelos ombros porque nem todas pessoas seriam capazes de realizá-las sem correrem o risco de lesões. Mesmo exigindo que seus alunos mantenham algumas posições até próximo ao limite da dor, ele assim o faz com a intenção de conscientizar seus alunos a não exagerarem nos exercícios. Segundo lhe relatou o professor Glenn Black, na própria escola de Lyengar,na Índia ele teria presenciado um yogi se lesionar com uma torção da coluna cervical durante os exercícios.

Mas o que realmente surpreendente nas declarações do professor Black é ele acreditar que "a grande maioria das pessoas" deve desistir da Ioga completamente devido ao risco de lesões. Isso ocorreria porque muitas pessoas tem problemas de saúde ou algumas fraquezas físicas que os exporia a esse risco ao se esforçarem além dos seus limites. Segundo o professor citado na matéria de Sheila Glaser, seria mais interessante para essas pessoas fazerem exercícios voltados para fortalecer partes enfraquecidas de seus corpos como articulações e órgãos.  

Uma das declarações polêmicas do professor Glenn Black, no artigo do NYT foi  “Ioga é para pessoas em boas condições físicas, ou para ser usada terapeuticamente. Embora seja controverso, ela não deveria ser usada de forma generalizada.”
A respeito de seu próprio trabalho, na reabilitação de pessoas que tiveram lesões, ele reconhece que mesmo tendo estudo com o lendário Shmuel Tatz , um terapeuta de que inventou um método de massagem e alinhamento para atores e dançarinos, ele não teria o conhecimento formal necessário para determinar quais posições são boas para um estudante e quais poderiam resultar em problemas. Mas ele atribui o sucesso de seu trabalho a sua grande experiência.
Para Black,  pessoas de diferentes origens tem limites diferentes. Um indiano já estaria acostumado com posições com as quais já conviveu a vida toda, mas pessoas que vivem de forma sedentária sentadas praticamente o dia todo estariam vulneráveis a lesões ao se submeterem a complexos exercícios uma vez por semana, desconsiderando sua falta de flexibilidade e seus problemas de saúde.

Na polêmica entrevista de Sheila Glaser com o professor Glenn Black,   ele revela que mesmo alguns professores de ioga o procuram para se recuperarem de traumas sérios. Em muitos desses casos, Black os aconselha a não fazerem ioga.
Entre as lesões mais sérias que ele teria se deparado, ela citou professores de yoga bem conhecidos que forçaram tanto o corpo ao fazerem poses básicas, como a do cachorro olhando para baixo, em que o corpo forma um V invertido,  que terminaram por romper os tendões de Aquiles. Ela citou também professores que passam a dar aulas deitados devido as limitações de movimento que contraíram devido aos excessos na prática de ioga.

Casos Graves de Praticantes de Ioga

No artigo do NYT, é citado que os primeiros relatos de lesões provocados pela prática de yoga teriam surgido há algumas décadas, conforme fora publicado em respeitáveis revistas como Neurology, The British Medical Journal e no The Journal of the American Medical Association. Esses periódicos relataram problemas que iam desde  ferimentos leves até deficiências permanentes. Num dos casos um estudante teria passado por dificuldades até mesmo para caminhar devido a ter ficado diariamente na posição ajoelhada conhecida como vajrasana durante horas por dia. Seu problema só regrediu quando ele desistiu de repetir a posição que privava seu nervo ciático de receber oxigênio.  Vários outros casos semelhantes e também outros problemas mais sérios ainda já teriam sido registrados. Um artigo de 1972 no The British Medical Journal, citou inclusive casos em que algumas posturas de yoga quase causaram acidentes vasculares cerebrais em pessoas jovens e saudáveis.
Tais problemas cerebrais poderiam ter sua origem nos movimentos que dobram o pescoço até 90 graus.  O autor desse artigo teria alertado que movimentos extremos da cabeça e do pescoço podem lesar artérias vertebrais  causando danos no cérebro.

Em 1973, outro renomado médico, Willibald Nagler, da Cornell University Medical College, publicou o caso de uma mulher de 28 anos que sofreu um derrame enquanto fazia uma posição de ioga conhecida como a roda ou arco para cima, onde a pessoa deita de costas e levanta o corpo em um arco equilibrando-se nas mãos e pés. Na sequência da posição, ao dobrar o pescoço para trás apoiada sobre a cabeça ela sentiu uma forte dor de cabeça subitamente. Levada ao hospital, ela apresentava paralisia em um dos lados, além de outros sintomas que teriam sido provocados  por uma grande falha no fornecimento de sangue no cérebro além de várias hemorragias secundárias. Embora sejam consideradas raras, essas lesões servem de alerta ao se estender demasiadamente o pescoço, sobretudo para pessoas de meia-idade.

Num outro caso um jovem de 25 anos de idade, com sintomas como visão turva, dificuldade de engolir e dificuldade motora num dos lados do corpo foi atendido no hospital Northwestern Memorial, em Chicago. O paciente era bastante saudável e praticava yoga todas as manhãs durante um ano e meio. Ao fazer movimentos com o pescoço flexionado diretamente sobre o chão,  mantendo-se assim por cinco minutos, ele teve um trauma na região cervical. Alguns exames revelaram bloqueios da artéria vertebral esquerda entre as vértebras c2 e c3, devido a ter sido obstruída quase que totalmente impedindo o sangue de chegar ao cérebro. O paciente se recuperou parcialmente ficando com sequelas para caminhar e fazer alguns movimentos. Os autores desse artigo teriam concluído indivíduos saudáveis ​​poderiam prejudicar seriamente suas artérias vertebrais ao realizarem  movimentos de pescoço que excedem a tolerância fisiológica na prática de Yoga.

O artigo do NYT também informa que o número de internações de emergência relacionadas a prática de ioga tem aumentado consideravelmente nos últimos anos nos Estados Unidos. Considerando que muitas pessoas não procuram o atendimento de emergência, vindo a consultar seus médicos ou terapeutas para tratar traumas sofridos na ioga, estes números podem ser ainda maiores. Casos de problemas realcioandos a prática de ioga tem sido cada vez mais frequentes na mídia.

Uma matéria do ‘The Times’  abordou os riscos do calor penetrante das Bikram yoga, que poderiam aumentar o risco de lesões nos músculos e nas cartilagens. A mesma matéria traz conclusões de especialistas quanto a lesões em ligamentos que ao serem demasiadamente esticados não recuperam sua forma aumentando o risco de distensões, entorses e luxações.

O editor médico do Yoga Journal, Timothy McCall, classifica certa posição da ioga em que a pessoa se apóia sobre a cabeça é muito perigosa  e que lhe teria causado a síndrome do desfiladeiro torácico, uma condição que surge a partir da compressão de nervos que passam do pescoço para os braços, causando formigamento na mão direita, assim como dormência esporádica. Os sintomas só teriam parado quando ele decidiu não fazer mais essa posição. Ele teria observado que essa inversão poderia causar outras lesões, incluindo artrite degenerativa da coluna cervical e problemas visuais devido o aumento da pressão ocular causada pela pose.

O artigo do de Sheila Glaser vale realmente a pena ser lido, mesmo com o auxílio de um tradutor (caso você não tenha intimidade com a língua inglesa) pois ele fornece muitas informações valiosas sobre os riscos da prática de Ioga.

Fonte:

terça-feira, 12 de abril de 2011

Adele Edwards Comeu Sete Sofás


Adele Edwards tem um problema incontrolável: adora comer sofás.Isto mesmo!!! Ela come sofás. É um dos mais insólitos vícios que um ser humano pode sofrer: comer sofás. Adele, que vive em Bradenton, na Florida, assume seu vício e revela: “Só no ano passado, comi sete sofás”, conta.

A jovem Adele Edwards  de 31 anos, não  sabe precisar quantos sofás já serviram de refeição, mas sofre deste problema há 20 anos. Na verdade, trata-se de uma doença diagnosticada: síndrome de Pica.

Esta doença caracteriza-se pelo apetite compulsivo por matéria não comestível. Carvão, terra, cinza de cigarro ou cola, por exemplo. As mulheres grávidas são mais vulneráveis, mas qualquer pessoa pode padecer da doença.

Os efeitos secundários são desordens gastro-intestinais e, em casos graves que afetem pessoas com problemas psíquicos, outras complicações mais graves, se forem ingeridos materais pontiagudos.


Fonte : http://parceirodasaude.com.br/?p=2912

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Obesidade e o Risco de Câncer

 É incrível que menos de 3% das pessoas saibam que a obesidade aumenta consideravelmente o risco das pessoas desenvolverem câncer. Uma pesquisa recente realizada nos Estados Unidos pela sociedade americana contra o câncer, cerca de 14% das mortes por câncer em homens e 20% das mortes por câncer em mulheres são causadas pela obesidade.


Os dados são realmente alarmantes, considerando que a obesidade é um problema crescente no mundo todo. Especialistas consideram que as mulheres são mais propensas a terem câncer nos seios, vesícula biliar, ovários, cólon e colo do útero, enquanto nos homens a incidência maior é de câncer no cólon e reto.


Existem mais de 200 tipos de câncer mas somando-se os casos de câncer de mama, pulmão, intestino e próstata chega-se a metade do número total de casos, evidenciando a grande incidência de câncer nesses órgãos. O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres.

As mulheres obesas por possuírem taxas mais elevadas do hormônio estrogênio (ou estrógeno) em seu corpo estão mais propensas a desenvolverem câncer.
Há muito tempo já é sabido que o estrogênio é um importante fator no desenvolvimento do câncer de mama e há alguns anos uma pesquisa o relacionou também ao câncer de pulmão. Isso ficou evidenciado por pesquisas que indicaram que as mulheres desenvolvem o câncer de pulmão mais cedo do que os homens mesmo que tenham sido menos expostas aos efeitos do fumo.

Sabe-se que o câncer de pulmão desenvolve-se de forma diferente entre homens e mulheres tanto no tipo de tumor quanto nos mecanismos biológicos que levam a o aparecimento da doença.

Sendo produzido principalmente nos tecidos gordurosos, o Estrogênio pode ter sua taxa bastante aumentada nas mulheres obesas.

Uma boa alimentação, associadas a condições de vida mais saudáveis pode ajudar significativamente na prevenção da obesidade e do câncer. Embora muito mais freqüente em mulheres o câncer de mama pode afetar também os homens. Pesquisas recentes indicam um aumento na incidência desse tipo de câncer em homens nas últimas décadas tendo a obesidade um importante papel também nesse crescimento pois também no homem aumentam as taxas de estrogênio no sangue.

O risco de câncer de mama após a menopausa é maior e causa mais mortes entre as mulheres obesas.

Muitos dos fatores de risco para o câncer de mama não sejam possíveis de serem evitados, como predisposição genética, histórico familiar, idade da primeira menstruação, número e idade da gravidez e idade da menopausa. Já a obesidade é um importante fator de risco que pode ser controlado.

Se considerarmos que a obesidade na população vem aumentando gradativamente ao longo dos últimos anos e com ele o aumento de doenças comprovadamente associadas como por exemplo a diabetes, as doenças cardíacas e também o câncer é fundamental a conscientização da pessoas no que se refere ao controle de peso.

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