quinta-feira, 23 de julho de 2015

Nova droga retarda o avanço do Alzheimer


Foram divulgados os primeiros detalhes de um novo medicamento que pode conter o declínio cerebral provocado pela doença de Alzheimer. 
As informações divulgadas pela empresa farmacêutica Eli Lilly em uma conferência nos Estados Unidos sugere que sua droga 'Solanezumab' pode 

reduzir em um terço a taxa de avanço da demência em pacientes no estágio inicial do Alzheimer. 
Os dados apresentados pela laboratório farmacêutico ainda estão sendo tratados com um certo otimismo cauteloso e espera-se que um novo estudo no ano que vem deverá fornecer as provas definitivas.

Até o momento, ainda não havia sido possível parar a morte de células cerebrais provocadas pelo Alzheimer. O Solanezumab parece ser capaz de  mantê-las vivas.
As drogas utilizadas até então, como o Aricept, conseguem obter melhorias no que se refere apenas aos sintomas da doença. 
No entanto, o Solanezumab ataca diretamente uma espécie de proteína deformada, conhecida como 'amilóide', que se acumula no cérebro dos doentes de Alzheimer.

Acredita-se que a formação de placas de amilóide entre as células nervosas possa levar à morte das células cerebrais. 

Como ocorreu a descoberta 

Embora um estudo com o Solanezumab em 2012 tenha fracassado, essa droga ainda tem sido a grande esperança na pesquisa da demência. Os 

pesquisadores da empresa Eli Lilly ao revisarem os dados de sua pesquisa de 2012, descobriram indícios de que esse medicamento poderia ser útil para pacientes no estágio inicial da doença, reduzindo o avanço da demência em cerca de 34%.

A partir desta análise, a empresa pediu a cerca de 1000 pacientes participantes do primeiro estudo e que possuem grau leve de Alzheimer para que tomassem a medicação por mais 2 anos. 

Eles apresentaram os resultados positivos na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer. Na apresentação eles mostraram que aqueles que tomaram o remédio por mais tempo tiveram o maior benefício.
O Dr Eric Siemers, do Lilly Research Laboratories, em Indiana, acredita que o Solanezumab será o primeiro medicamento real disponível para atuar diretamente contra a doença de Alzheimer. 

Análise

As limitadas informações divulgadas sobre as pesquisas com o Solanezumab não permite que já se  possa comemorar a 'cura do Alzheimer'. No 

entanto ela fornece pistas importantes inclusive para o desenvolvimento de outros medicamentos, uma vez que até então não há nenhuma 

medicação que possa retardar a demência. 
Se essa droga for realmente eficiente, ao menos nos estágios inciais da doença, isso pode resultar em uma nova forma de tratamento e uma 

mudança significativa na maneira como a doença vinha sendo administrada.
Pacientes que iriam piorar ao longo do tempo, com a medicação vão passar mais tempo na fase mais suave da doença degenerativa, diminuindo sensivelmente seu grau de dependência na sociedade. 

Numa área em que as pesquisas tem sido pautadas por repetidas frustrações, o advento dessa droga se constitui num momento realmente emocionante para a medicina.  
No próximo ano, a partir da divulgação de mais dados sobre essa droga vamos saber ao certo se o Solanezumab é de fato o esperado avanço no combate dessa terrível doença. 

Avanço potencial

O Dr Eric Karran, diretor de pesquisa da Alzheimer Research, no Reino Unido, disse à BBC: 
"Se os resultados dessa pesquisa puderem ser replicados, então eu acho que isso é uma verdadeira inovação na pesquisa do Alzheimer.

Pela primeira vez, a comunidade médica poderá dizer que pode retardar a doença de Alzheimer, e isso é um incrível passo adiante."

Ele concluiu afirmando que esses dados ainda não podem ser considerados uma prova, mas eles mostram resultados consistentes na modificação do desenvolvimento da doença. 

E portanto sugerem que nós poderíamos estar à beira de um avanço radical no tratamento do Alzheimer. 
Ele lembra que até então nunca houve provas de que poderíamos parar o avanço da doença.

A Demência em todo o mundo:

44 milhões de pessoas no mundo têm demência
135 milhões terão a doença até 2050
71% deles serão pobres e de renda média
600 bilhões de dólares é o custo global da custo global da demência apenas no Reino Unido (onde as pesquisas do câncer recebem 8 vezes mais 

patrocínio do que o estudo da demência). 
Fonte: Alzheimer's Society

Como mediram os resultados

Na primeira etapa do estudo original (em 2012), que terminou sendo considerado falho, a metade dos doentes com doença de Alzheimer foram tratados com Solanezumab e a outra metade não. 
Uma reanálise dos escores cognitivos dos pacientes com Alzheimer leve, sugeriu que o medicamento havia reduzido em 34% a taxa de progressão da doença. 
A conclusão foi de que o declínio cognitivo observado normalmente em 18 meses levou 24 meses para ocorrer com a droga.

Resolveram então prorrogar o tempo da pesquisa. Ao estenderem a experiência inicial, foram escolhidos 1000 participantes em fase inicial da doença para receberem o Solanezumab. 

Assim, no final do tempo de prorrogação da pesquisa, a metade deles tinha tomado a droga por três anos e meio, enquanto a outra metade tinha tomado por apenas dois anos.

Os resultados mostram que aqueles que tomaram Solanezumab por mais tempo tiveram melhores escores da função cognitiva.
Esse resultado leva a conclusão de que curso da doença foi retardado naqueles que tomaram o remédio.

Se os cérebros de todos os pacientes tivessem continuado a declinar no ritmo normal e a droga tivesse apenas ajudado nos sintomas, então todos os pacientes que participaram na prorrogação - independentemente se tomaram por 2 ou 3,5 anos- teriam tido resultados semelhantes na função cognitiva.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Os benefícios de trabalhar de pé

As mesas altas permitem trabalhar de pé e obter sensíveis benefícios na saúde física e emocional ao colocar todo nosso corpo em funcionamento.
A maioria das pessoas que usam computador para trabalhar costuma passar cerca de 8 horas por dia sentada. No entanto, ao adotar esta posição você pode estar afetando 
seriamente sua saúde. Alguns estudos já demonstraram que a falta de atividade física pode ser a principal causa de enfermidades como a obesidade, a diabetes, o câncer, a morte prematura, problemas cardíacos, entre outros problemas de saúde. Por isso é muito importante que esteja atento e que faça um check up médico regularmente além de seguir alguns  

conselhos simples para cuidar de seu corpo, principalmente se trabalha o dia inteiro na frente de um PC. 

No mundo todo já começa a se tornar cada vez mais frequente a presença de mesas mais altas nos escritórios. As chamadas 'standing desks' teriam um efeito positivo na preservação 

da saúde dos trabalhadores. Elas já vem sendo utilizadas para que se trabalhe de pé com computador ou mesmo outro tipo de ferramenta ou material de trabalho. 
A única maneira de se reduzir ou eliminar os malefícios causados por permanecermos muito tempo sentados é evitar fazê-lo. Nesse sentido, trabalhar em uma mesa que lhe obrigue a 

trabalhar de pé poderia ajudá-lo de maneira significativa. Ficar de pé nos permite movermos e flexionarmos facilmente os músculos do corpo, mantém o sangue circulando bem, o que 

ajuda a manter os níveis de e controlar a pressão arterial. 

Os principais benefícios de adotar essa posição enquanto trabalhamos no computador são:

- A queima de calorias. Um estudo de 2013 demonstrou que utilizar uma mesa alta faz com que o coração bata uma média de 10 batidas a mais por minuto em comparação com os 

batimentos de quando se está sentado em uma cadeira. Isso equivale a queimar mais ou menos 50 calorias a mais por hora. Se considerarmos que uma pessoa vá passar umas 5 horas de pé por dia, 5 dias por semana, isso corresponderia a queimar cerca de 1250 calorias extras a cada semana.

- Aumento de produtividade. Trabalhar de pé põe nosso sangue em movimento, o que permite que nossa mente esteja mais aberta. Por sua vez, nos tornamos mais conscientes a todo 

momento do movimento de nossas extremidades o que diminui a sonolência e nos torna mais ativos. 

- Melhor utilização do espaço físico nos escritórios. O tipo mais popular de cadeira que se utiliza opara trabalhar com computadores é o modelo de rodinhas, aquele que pode 

girar e se deslocar facilmente. Esse desenho de cadeiras normalmente requer uma boa quantidade de espaço físico para que funcione de forma adequada.Optar por mesas altas 

maximizaria o espaço disponível. Para escritórios de grandes empresas isso poderia representar a possibilidade de se colocar 25% mais empregados ao se adotar o trabalho de pé. 

- Melhor postura. Utilizar mesas mais altas podem melhorar a postura e beneficiar nossa coluna vertebral. Aquele dor nas costas e nos ombros causadas por passar muitas horas 

sentado frente ao computador podem ser reduzidas sensivelmente. E mesmo que num primeiro momento isso resulte em leves dores nos pés, nosso organismo aos poucos irá se adaptando 

a essa nova posição. 

- Maior interação no trabalho. Trabalhar sentado implica geralmente em se ficar dentro de cubículos,as chamadas 'ilhas de trabalho' que podem muitas vezes diminuir bastante a 

oportunidade de se falar diretamente com os demais colegas de trabalho. Isso pode ser uma desvantagem significativa no quesito 'comunicação' no ambiente de trabalho, 

principalmente no que se refere a coisas importantes que podem estar acontecendo e que muitas vezes não se perceba por estar sentado e sem contato visual com os demais. Pode ser que você passe a conversar mais diretamente agilizando a resolução de problemas, ao invés de enviar correios eletrônicos.

As vantagens são muitas, avalie se não é o momento de você optar pelo trabalho de pé. Talvez você se surpreenda com os benefícios que irá obter.  

terça-feira, 14 de julho de 2015

Um vírus pode curar a surdez?

A surdez pode ser tratada com um vírus, dizem cientistas
  
Os cientistas dizem ter dado um passo significativo no sentido de tratar algumas formas de surdez depois de restaurar a audição em animais.

Defeitos no DNA de um bebê representam cerca de metade dos casos de perda auditiva no início da vida.
Um estudo com camundongos, publicado na revista Science Translational Medicine, mostrou que um vírus pode corrigir a falha genética e restaurar parcialmente a audição.

Os especialistas acreditam que os resultados desta pesquisa poderão resultar em novos tratamentos para surdez dentro de uma década.

Uma equipe americana e suíça, focou suas experiências nos minúsculos pelos dentro do ouvido, chamados ‘células ciliares’. Esses cílios convertem sons em sinais elétricos que são então interpretados pelo cérebro. Mutações no DNA pode fazer com que sejam incapazes de gerar os tais sinais elétricos impedindo a pessoa de ouvir.

Terapia viral

A equipe de pesquisa desenvolveu um vírus geneticamente modificado que pode infectar as células ciliadas e corrigir o erro.  Ele foi testado em camundongos com grau severo de surdez, que seriam incapazes, por exemplo, de notar que estão num show de rock  (com os níveis de ruído de cerca de 115 dB).

Embora as injeções de vírus nos ouvidos tenham resultado em uma significativa melhora, a técnica não foi capaz de restabelecer a audição totalmente.  Além de resgatar parte da audição dos animais, a experiência que durou cerca de 60 dias, demonstrou alterações no comportamento deles em resposta aos sons.
Dr. Jeffrey Holt, um dos pesquisadores do Hospital Infantil de Boston, declarou estar muito otimista com as pesquisas, embora reconheça que ainda é necessário cautela para se anunciar que foi encontrada a cura.  Ele reconhece no entanto a importância desta descoberta pois num futuro não muito distante este tratamento poderá utilizado para a surdez genética.

A equipe anda não está pronta para testes clínicos em humanos. No momento eles querem provar que o efeito positivo que obtiveram é duradouro. Eles já sabem que funciona por alguns meses, mas almejam uma solução que seja duradoura para toda a vida.

A terapia viral altera a maioria das células ciliadas internas do ouvido, mas não as células ciliadas externas.
Os cílios internos permitem que se possa ouvir o som, mas os cílios exteriores alterar a sensibilidade aos sons, de modo que o ouvido se torna mais sensível ao reconhecer ruídos mais sutis.

Personalizado

O estudo focou na reparação na mutação em um gene chamado TMC1, que está por trás de cerca de 6% da surdez que é passada de maneira hereditária. No entanto, existem mais de 100 genes já identificados que estão associados à surdez.

Segundo o Dr. Holt, é possível se antever um dia no qual poderemos sequenciar o genoma do deficiente auditivo e então prover um tratamento sob medida restaurando-lhe a audição.
Contudo, adultos que perderam a audição devido a exposição de sons demasiados altos, não poderão se beneficiar dessa terapia.

O Dr. Tobias Moser do Centro Médico da Universidade de Gottingen, na Alemanha, afirmou que resultados são realmente promissores e que a restauração da audição para algumas formas de surdez poderá estar disponível na próxima década.

A cientista britânica, professora Karen Steel, que trabalha no Kings College de Londres, afirmou que este trabalho representa um avanço realmente excitante no nosso entendimento do que poderia ser alcançado usando a técnica de transferência de genes no ouvido interno para reduzir o impacto de mutações genéticas que levam a perda da audição: "Neste momento, a função auditiva é apenas parcialmente resgatada, mas este é um começo e presumivelmente a metodologia poderia ser desenvolvida para melhorar o resultado."

O Dr. Ralph Holme, diretor de pesquisa biomédica na instituição Action on Hearing Loss afirmou que o diagnóstico genético de perda auditiva tem melhorado muito nos últimos anos, permitindo que as crianças e suas famílias entendam a causa de sua surdez e possam prever como ela pode mudar ao longo do tempo. No entanto, os tratamentos ainda estão limitados a aparelhos auditivos e implantes cocleares.

Estes resultados são encorajadores na medida que abrem as portas para outras terapias genéticas, fornecendo a esperança para as pessoas com certos tipos de perda auditiva genética. A esperança é que essa terapia genética possa estar disponível em um futuro não muito distante.


sexta-feira, 10 de julho de 2015

Fumar pode causar esquizofrenia?


O cigarro pode provocar esquizofrenia?

Uma equipe de pesquisadores da universidade de Kings (Londres) afirma que há evidências

muito fortes de que os fumantes estão mais propensos a desenvolverem esquizofrenia e que

fumantes jovens podem acelerar o aparecimento da doença.

Eles publicaram sua descoberta no periódico Lancet Psychiatry, um dos principais informativos

da área de saúde no mundo. Segundos os pesquisadores, após analisarem 61 estudos eles

concluíram que a nicotina pode estar alterando o cérebro de seus usuários. Apesar de

reconhecerem que ainda serão necessários mais estudos sobre o assunto eles afirmam que as

evidências são muito fortes.

O hábito de fumar já vem sendo associado a psicose, embora se admita que parte dessa

conexão seja pelo fato de eu muitos pacientes esquizofrênicos são mais propensos a usar o

cigarro como uma espécie de ‘auto-medicação’, aliviando o sofrimento de ter alucinações e

ouvir vozes.

Depois de analisarem dados de 14.555 fumantes e 273.162 não-fumantes presentes nos

estudos relacionados, os cientistas concluíram que:

57% das pessoas com psicose já fumavam antes de terem seu primeiro surto psicótico

As pessoas que fumavam diariamente foram duas vezes mais propensos a desenvolver

esquizofrenia do que os não-fumantes

A média de idade para o aparecimento da doença entre os fumantes foi um ano menor que

que a idade em que a doença apareceu entre os não-fumantes.

A lógica é de que se houver uma maior taxa de pessoas que fumaram antes de se tornar

esquizofrênicas, então fumar não é meramente um caso de auto-medidcação e sim um fator

importante no desenvolvimento da doença.

O Dr James MacCabe, do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência no King’s College ,

afirmou: "É muito difícil estabelecer o nexo de causalidade [apenas baseado neste tipo de

estudo], o que esperamos é que isso faça com que se abra os olhos para a possibilidade de que

o tabaco poderia ser um agente causador da psicose, e esperamos que isso irá, em seguida,

levar a outras experiências de investigação e estudos clínicos que forneçam provas mais

robustas nesse sentido".

Embora a maioria dos fumantes não desenvolva esquizofrenia, os pesquisadores acreditam

que o cigarro está aumentando esse risco. Uma forte evidência disso é o fato que a incidência

mundial da esquizofrenia é cerca de uma para cada 100 pessoas

A incidência global da doença é de uma em cada 100 pessoas normalmente, o que pode ser

aumentada para duas para cada 100 se considerarmos os indivíduos que fumam.

Já é sabido que a esquizofrenia está relacionada com os níveis de dopamina no cérebro

(inclusive muitos remédios anti-psicóticos atuam diminuindo a ação desse neurotransmissor)

e  que a nicotina também atua alterando os níveis de dopamina, o que pode se relacionar ao

aparecimento da psicose.

O professor Michael Owen, diretor do Instituto de Medicina Psicológica da Universidade de

Cardiff,  afirmou que os pesquisadores apresentaram evidências muito fortes de que fumar

pode aumentar o risco de esquizofrenia: "O fato é que é muito difícil provar a causa sem um

estudo randomizado, mas já há boas razões para a adoção de medidas de saúde pública

envolvendo o tabagismo também para a área da saúde mental."

Consultada sobre o assunto, a organização Rethink, que apoia ações para doenças mentais

afirmou: ”Sabemos que 42% de todos os cigarros na Inglaterra são fumados por pessoas com

problemas de saúde mental, e assim quaisquer novas conclusões sobre a relação entre

tabagismo e psicose é sim algo preocupante. No entanto, mais estudos de longo prazo são

necessários para compreender totalmente este link em potencial."

Fonte:
http://www.bbc.com/news/health-33464480


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