Zé do Caixão e a história da barata no ouvido
O cineasta José Mojica Marins mais conhecido com Zé do Caixão em entrevistas recentes tem
contado algumas curiosidades dos bastidores de seu mais novo filme “A Encarnação do Demônio”, último filme da trilogia que iniciou com o filme "À Meia-Noite Levarei sua Alma" lançado em 1964.
A segunda parte da saga foi o filme "Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver" que Zé do Caixão lançou em 1967. O filme lançado agora entitulado a "Encarnação do Demônio" é a terceira e última parte da história do coveiro que quer ter um filho perfeito e na busca por uma parceira ele amedronta sua cidade.
José Mojica Marins conta que só retomou as filmagens (após 42 anos do lançamento do primeiro filme) porque recebeu verbas públicas.
Em 2003 ele teria recebido 500 mil reais do ex-governador Geraldo Alckmin que apesar de ser uma ajuda não era o suficiente para a conclusão das filmagens. Ele então conta que pediu ao presidente Lula mais recursos e conseguiu mais 1 milhão.
Seu longa metragem tem além do próprio Mojica no papel principal, os atores Milhem Cortaz, Adriano Stuart, Rui Rezende, Cléo de Paris e Jece Valadão, em seu último trabalho no cinema.
Em uma cena das cenas principais do filme, o protagonista enfia a cabeça da personagem interpretada pela atriz Lenny Dark num tonel com 3 mil baratas.
Durante as filmagens numa das repetições dessa cena, a atriz (que é também esposa de Mojica) esqueceu de colocar o tampão de proteção e uma barata entrou em seu ouvido.
A atriz teve que ser levada ao hospital pelo próprio Mojica.
Segundo ele conta, ele chegou no hospital ainda vestido de Zé do Caixão gritando: "Abram caminho, porque esta mulher está com uma barata no ouvido!".
Segundo ele as baratas utilizadas na cena eram todas limpinhas, criadas em laboratório.
Fonte:
Revista Veja e Folha Online
http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u433027.shtml