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quinta-feira, 23 de julho de 2015

Nova droga retarda o avanço do Alzheimer


Foram divulgados os primeiros detalhes de um novo medicamento que pode conter o declínio cerebral provocado pela doença de Alzheimer. 
As informações divulgadas pela empresa farmacêutica Eli Lilly em uma conferência nos Estados Unidos sugere que sua droga 'Solanezumab' pode 

reduzir em um terço a taxa de avanço da demência em pacientes no estágio inicial do Alzheimer. 
Os dados apresentados pela laboratório farmacêutico ainda estão sendo tratados com um certo otimismo cauteloso e espera-se que um novo estudo no ano que vem deverá fornecer as provas definitivas.

Até o momento, ainda não havia sido possível parar a morte de células cerebrais provocadas pelo Alzheimer. O Solanezumab parece ser capaz de  mantê-las vivas.
As drogas utilizadas até então, como o Aricept, conseguem obter melhorias no que se refere apenas aos sintomas da doença. 
No entanto, o Solanezumab ataca diretamente uma espécie de proteína deformada, conhecida como 'amilóide', que se acumula no cérebro dos doentes de Alzheimer.

Acredita-se que a formação de placas de amilóide entre as células nervosas possa levar à morte das células cerebrais. 

Como ocorreu a descoberta 

Embora um estudo com o Solanezumab em 2012 tenha fracassado, essa droga ainda tem sido a grande esperança na pesquisa da demência. Os 

pesquisadores da empresa Eli Lilly ao revisarem os dados de sua pesquisa de 2012, descobriram indícios de que esse medicamento poderia ser útil para pacientes no estágio inicial da doença, reduzindo o avanço da demência em cerca de 34%.

A partir desta análise, a empresa pediu a cerca de 1000 pacientes participantes do primeiro estudo e que possuem grau leve de Alzheimer para que tomassem a medicação por mais 2 anos. 

Eles apresentaram os resultados positivos na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer. Na apresentação eles mostraram que aqueles que tomaram o remédio por mais tempo tiveram o maior benefício.
O Dr Eric Siemers, do Lilly Research Laboratories, em Indiana, acredita que o Solanezumab será o primeiro medicamento real disponível para atuar diretamente contra a doença de Alzheimer. 

Análise

As limitadas informações divulgadas sobre as pesquisas com o Solanezumab não permite que já se  possa comemorar a 'cura do Alzheimer'. No 

entanto ela fornece pistas importantes inclusive para o desenvolvimento de outros medicamentos, uma vez que até então não há nenhuma 

medicação que possa retardar a demência. 
Se essa droga for realmente eficiente, ao menos nos estágios inciais da doença, isso pode resultar em uma nova forma de tratamento e uma 

mudança significativa na maneira como a doença vinha sendo administrada.
Pacientes que iriam piorar ao longo do tempo, com a medicação vão passar mais tempo na fase mais suave da doença degenerativa, diminuindo sensivelmente seu grau de dependência na sociedade. 

Numa área em que as pesquisas tem sido pautadas por repetidas frustrações, o advento dessa droga se constitui num momento realmente emocionante para a medicina.  
No próximo ano, a partir da divulgação de mais dados sobre essa droga vamos saber ao certo se o Solanezumab é de fato o esperado avanço no combate dessa terrível doença. 

Avanço potencial

O Dr Eric Karran, diretor de pesquisa da Alzheimer Research, no Reino Unido, disse à BBC: 
"Se os resultados dessa pesquisa puderem ser replicados, então eu acho que isso é uma verdadeira inovação na pesquisa do Alzheimer.

Pela primeira vez, a comunidade médica poderá dizer que pode retardar a doença de Alzheimer, e isso é um incrível passo adiante."

Ele concluiu afirmando que esses dados ainda não podem ser considerados uma prova, mas eles mostram resultados consistentes na modificação do desenvolvimento da doença. 

E portanto sugerem que nós poderíamos estar à beira de um avanço radical no tratamento do Alzheimer. 
Ele lembra que até então nunca houve provas de que poderíamos parar o avanço da doença.

A Demência em todo o mundo:

44 milhões de pessoas no mundo têm demência
135 milhões terão a doença até 2050
71% deles serão pobres e de renda média
600 bilhões de dólares é o custo global da custo global da demência apenas no Reino Unido (onde as pesquisas do câncer recebem 8 vezes mais 

patrocínio do que o estudo da demência). 
Fonte: Alzheimer's Society

Como mediram os resultados

Na primeira etapa do estudo original (em 2012), que terminou sendo considerado falho, a metade dos doentes com doença de Alzheimer foram tratados com Solanezumab e a outra metade não. 
Uma reanálise dos escores cognitivos dos pacientes com Alzheimer leve, sugeriu que o medicamento havia reduzido em 34% a taxa de progressão da doença. 
A conclusão foi de que o declínio cognitivo observado normalmente em 18 meses levou 24 meses para ocorrer com a droga.

Resolveram então prorrogar o tempo da pesquisa. Ao estenderem a experiência inicial, foram escolhidos 1000 participantes em fase inicial da doença para receberem o Solanezumab. 

Assim, no final do tempo de prorrogação da pesquisa, a metade deles tinha tomado a droga por três anos e meio, enquanto a outra metade tinha tomado por apenas dois anos.

Os resultados mostram que aqueles que tomaram Solanezumab por mais tempo tiveram melhores escores da função cognitiva.
Esse resultado leva a conclusão de que curso da doença foi retardado naqueles que tomaram o remédio.

Se os cérebros de todos os pacientes tivessem continuado a declinar no ritmo normal e a droga tivesse apenas ajudado nos sintomas, então todos os pacientes que participaram na prorrogação - independentemente se tomaram por 2 ou 3,5 anos- teriam tido resultados semelhantes na função cognitiva.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Um vírus pode curar a surdez?

A surdez pode ser tratada com um vírus, dizem cientistas
  
Os cientistas dizem ter dado um passo significativo no sentido de tratar algumas formas de surdez depois de restaurar a audição em animais.

Defeitos no DNA de um bebê representam cerca de metade dos casos de perda auditiva no início da vida.
Um estudo com camundongos, publicado na revista Science Translational Medicine, mostrou que um vírus pode corrigir a falha genética e restaurar parcialmente a audição.

Os especialistas acreditam que os resultados desta pesquisa poderão resultar em novos tratamentos para surdez dentro de uma década.

Uma equipe americana e suíça, focou suas experiências nos minúsculos pelos dentro do ouvido, chamados ‘células ciliares’. Esses cílios convertem sons em sinais elétricos que são então interpretados pelo cérebro. Mutações no DNA pode fazer com que sejam incapazes de gerar os tais sinais elétricos impedindo a pessoa de ouvir.

Terapia viral

A equipe de pesquisa desenvolveu um vírus geneticamente modificado que pode infectar as células ciliadas e corrigir o erro.  Ele foi testado em camundongos com grau severo de surdez, que seriam incapazes, por exemplo, de notar que estão num show de rock  (com os níveis de ruído de cerca de 115 dB).

Embora as injeções de vírus nos ouvidos tenham resultado em uma significativa melhora, a técnica não foi capaz de restabelecer a audição totalmente.  Além de resgatar parte da audição dos animais, a experiência que durou cerca de 60 dias, demonstrou alterações no comportamento deles em resposta aos sons.
Dr. Jeffrey Holt, um dos pesquisadores do Hospital Infantil de Boston, declarou estar muito otimista com as pesquisas, embora reconheça que ainda é necessário cautela para se anunciar que foi encontrada a cura.  Ele reconhece no entanto a importância desta descoberta pois num futuro não muito distante este tratamento poderá utilizado para a surdez genética.

A equipe anda não está pronta para testes clínicos em humanos. No momento eles querem provar que o efeito positivo que obtiveram é duradouro. Eles já sabem que funciona por alguns meses, mas almejam uma solução que seja duradoura para toda a vida.

A terapia viral altera a maioria das células ciliadas internas do ouvido, mas não as células ciliadas externas.
Os cílios internos permitem que se possa ouvir o som, mas os cílios exteriores alterar a sensibilidade aos sons, de modo que o ouvido se torna mais sensível ao reconhecer ruídos mais sutis.

Personalizado

O estudo focou na reparação na mutação em um gene chamado TMC1, que está por trás de cerca de 6% da surdez que é passada de maneira hereditária. No entanto, existem mais de 100 genes já identificados que estão associados à surdez.

Segundo o Dr. Holt, é possível se antever um dia no qual poderemos sequenciar o genoma do deficiente auditivo e então prover um tratamento sob medida restaurando-lhe a audição.
Contudo, adultos que perderam a audição devido a exposição de sons demasiados altos, não poderão se beneficiar dessa terapia.

O Dr. Tobias Moser do Centro Médico da Universidade de Gottingen, na Alemanha, afirmou que resultados são realmente promissores e que a restauração da audição para algumas formas de surdez poderá estar disponível na próxima década.

A cientista britânica, professora Karen Steel, que trabalha no Kings College de Londres, afirmou que este trabalho representa um avanço realmente excitante no nosso entendimento do que poderia ser alcançado usando a técnica de transferência de genes no ouvido interno para reduzir o impacto de mutações genéticas que levam a perda da audição: "Neste momento, a função auditiva é apenas parcialmente resgatada, mas este é um começo e presumivelmente a metodologia poderia ser desenvolvida para melhorar o resultado."

O Dr. Ralph Holme, diretor de pesquisa biomédica na instituição Action on Hearing Loss afirmou que o diagnóstico genético de perda auditiva tem melhorado muito nos últimos anos, permitindo que as crianças e suas famílias entendam a causa de sua surdez e possam prever como ela pode mudar ao longo do tempo. No entanto, os tratamentos ainda estão limitados a aparelhos auditivos e implantes cocleares.

Estes resultados são encorajadores na medida que abrem as portas para outras terapias genéticas, fornecendo a esperança para as pessoas com certos tipos de perda auditiva genética. A esperança é que essa terapia genética possa estar disponível em um futuro não muito distante.


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Novas Pirâmides Encontradas no Egito Através do Google Earth


Uma equipe de cientistas americanos descobriram dois locais nas margens do Nilo, onde possivelmente haviam duas pirâmides, uma das quais, com 189 metros de largura,  o que corresponderia ao tripo do tamanho da Grande Pirâmide de Gizé. A  segunda,  embora menor,  chegaria a 76 metros de altura. A descoberta, publicada no periódico Archeology News foi resultado de 10 anos de estudos sobre a área utilizando o Google Earth. A principal pesquisadora responsável,  Angela Micol,  declarou que as duas descobertas ocorreram ao longo da bacia do Nilo, separadas for 140 km.

(Imagem: Angela Micol - Google Earth)

A primeira descoberta foi encontrada na região do Alto Egito,  à cerca de 12 km da cidade de Abu Sidhum.  Neste local a arqueóloga identificou um túmulo que parecia ter "o topo muito plano  e simetricamente triangular”  embora estivesse bastante erodido pelo tempo."

Quanto ao segundo local, situado a 144 quilômetros ao norte, Nicol achou uma figura de quatro lados, mas "quando vista de cima parece com uma pirâmide", afirmou.

Para a especialista, "as imagens recolhidas através do Google Earth falam por si", porque a cor dos montes "é escura e semelhante" a composição material das paredes dos edifícios, que são feitas de adobe e de pedra. "na sua opinião, "é óbvio que ambos os sites poderiam ter acomodado pirâmides algum dia." "Nós vamos ter que verificar pesquisa", esclareceu ele.

Os pesquisadores  afirmam que esta descoberta reveste-se de bastante importância  uma vez que quase todas as pirâmides conhecidas até então foram construídas em torno do Cairo, enquanto que estes dois novos locais são mais ao sul.

Esta não é a primeira vez que uma descoberta é realizada através do Google Earth. Em 2011, a egiptóloga Sarah Parcak identificou 17 novas pirâmides desconhecidas até então.

Via: EL PAIS

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Ciência - Condutores Elétricos Flexíveis e Elásticos


Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte (Estados Unidos) alegam ter desenvolvido um novo método para a fabricação de condutores elétricos flexíveis e elásticos.

A busca por condutores elétricos que possam ser dobrados e esticados está se tornando cada vez mais intensa nos últimos anos.  Duas linhas de pesquisa se destacam no aperfeiçoamento dessa tecnologia que permitirá a construção de dispositivos eletrônicos com uma infinidade de aplicações: A utilização de substratos plásticos (até então foco das pesquisas) e o uso de nanotubos de carbono (que ganha força a partir de agora).
Os cientistas da Universidade Estadual da Carolina do Norte tem focado seus esforços na pesquisa com nanotubos de carbono e anunciam ter conseguido desenvolver um método de fabricação com base neste material, abrindo caminho para o desenvolvimento de toda uma nova geração de dispositivos eletrônicos elásticos  e flexíveis.

O chefe da pesquisa, Dr. Zhu Yong,  que é professor de Engenharia Mecânica e Aeroespacial nesta universidade diz estar otimista com essa nova abordagem pois ela pode permitir a produção em larga escala de condutores elétricos que podem esticar  facilitando a pesquisa e desenvolvimento de dispositivos eletrônicos flexíveis.

(Crédito das Imagens: The British Group e Universidade da Carolina do Norte)

Esse tipo de tecnologia poderia permitir por exemplo, a incorporação de dispositivos eletrônicos em roupas, implantes e próteses médicas, além de uma infinidade de outras aplicações no dia-a-dia. 

O desafio no desenvolvimento de condutores elétricos flexíveis e elásticos é conseguir mantê-lo conduzindo energia elétrica mesmo quando submetido a uma ação mecânica que o estique ou dobre.
Pois essa equipe de pesquisadores, utilizando uma malha de nanotubos de carbono conseguiram formar um substrato flexível. Os tais nanotubos de carbono além de resistentes e facilitarem a criação de tiras grandes, são também bons condutores elétricos.

A ténica em questão consistiria em dispor os nanotubos de carbono alinhados sobre um substrato elástico aos quais eles seriam transferidos como se fosse 'impressos'.
O substrato, ao ser esticado, separaria os nanotubos porém os mantendo alinhados em paralelo. Quando o substrato deixa de ser esticado,  os nanotubos não retornariam à sua posição original, mas formariam ondas como uma espécie de mola. Assim, a cada pressão mecânica sobre o substrato resultaria que os nanotubos esticariam junto, voltando a ficar em paralelo quando a pressão cessasse fazendo com que retornem a posição inicial.

O ponto alto dessa tecnologia é permitir a produção em larga escala devido a facilidade com que os nanotubos seriam transferidos ao substrato sem a necessidade de uma forte tração mecânica.

Fonte: [Physorg]



terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Telas dos Smartphones Podem Detectar Doenças


Pesquisadores já falam num futuro em que as telas touchscreen, como as dos smartphones, poderiam detectar biomoléculas na pele e assim fornecer dados que hoje estão disponíveis apenas em exames laboratoriais de urina ou sangue por exemplo. 

Esta funcionalidade se fosse incluída nos dispositivos móveis teria um impacto importante no tratamento precoce de várias doenças,  servindo inclusive como uma espécie de alarme individual que indicasse o surgimento de alguns tipos de câncer, por exemplo.

Esta possibilidade foi confirmado por um grupo de pesquisadores do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coréia (KAIST). Hyung-gyu Park,  chefe da equipe de pesquisa, disse que tudo começou a partir da idéia de que telas sensíveis ao toque funcionam através do reconhecimento de sinais eletrônicos detectados no toque dos dedos, reconhecendo cargas elétricas do corpo do usuário.

De forma semelhante, as telas sensíveis ao toque (touchscreen) que hoje equipam os smartphones, PDA's e tablets poderiam detectar a bioquímica presentes nas proteínas e nas moléculas de DNA de nosso organismo que também emitem tais ondas elétricas.
No experimentos já realizados por essa equipe de pesquisadores ficou evidenciado que essas telas touch-screen poderiam reconhecer a concentração de moléculas de DNA. As telas sensíveis poderiam reconhecer moléculas de DNA com praticamente 100% de precisão,  da mesma forma que os aparelhos e dispositivos médicos convencionais.

O mesmo poderia ocorrer em relação a presença de certas proteínas. Existem proteínas já conhecidas na medicina como as que servem de referência para detectar o câncer de fígado por exemplo que poderiam ser detectadas nesse tipo de dispositivo.

Os cientistas trabalham agora no sentido de desenvolverem  uma película que possa reagir e identificar substâncias bioquímicas específicas. Dessa forma as telas sensíveis ao toque poderiam distinguir materiais biomoleculares de composições diferentes.
Mas o primeiro importante passo já foi dado e o desenvolvimento dessa tecnologia parece ser apenas uma questão de tempo.


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Baratas Podem Gerar Energia Elétrica - Inseto Cyborg


Cientistas desenvolvem barata que gera eletricidade a partir dos alimentos que ingere

Que saudades da antiga série televisiva, “Cyborg – O Homem de Seis Milhões de Dólares”, estrelada pelo ator Lee Majors. Neste antigo sucesso da TV, após um grave acidente, um piloto americano chamado Steve Austin teve implantados alguns órgãos robóticos em seu corpo. Essas substituições lhe garantia uma visão excepcional além de uma velocidade e força sobre humanas.

A ciência vem a cada dia desenvolvendo tecnologias que vem gradualmente tornando realidade a ficção do homem meio-máquina.  Mas até agora, quase todos os projetos que tem adaptado dispositivos mecânicos ou eletrônicos em seres vivos vem sendo possíveis graças a  fontes externas como baterias, pelo movimento ou pela captação e transformação da luz em energia.
Mas isso parece finalmente estar mudando. Pesquisadores da Case Western University, em Cleveland, Ohio, Estados Unidos,  liderados pelo professor Daniel Scherson, encontraram uma forma de captar energia a partir de produtos químicos resultantes da ingestão de alimentos.

Como foi feito o Experimento

A comida que ingerimos diariamente é transformada em glicose que por sua vez é fonte de energia para nosso corpo. Insetos, como a barata por exemplo, tem uma química parecida, eles transformam os alimentos digeridos em uma substância chamada trealose. Através de eletrodos, foi possível quebrar essa substância em açúcares mais simples liberando elétrons que fornecem energia elétrica.
"Estamos usando esses produtos químicos como combustível para converter energia química em energia elétrica" afirmou Scherson.
Depois de implantados os eletrodos, os animais caminharam normalmente parecendo não terem sofrido nenhum dano físico.

A equipe de Scherson testou também o método em um cogumelo, que  também têm trealose, e conseguiram assim também obter tensão elétrica. O resultado dessa pesquisa foi publicado em 03 de janeiro no Journal of the American Chemical Society.
No experimento com as baratas, foi possível gerar 0,2 volts no máximo, o que correponde a mais ou menos um décimo da voltagem de uma pilha pequena (AAA) . Essa energia seria suficiente para enviar uma mensagem a uma distância de 2 polegadas, segundo relatou  Scherson ao site InnovationNewsDaily.

Ou seja,  ainda não daria prá fazer praticamente nada com uma corrente elétrica tão baixa. Mas o pesquisador prevê que esses insetos poderiam um dia ser equipados com sensores e equipamentos de transmissão, para serem enviados a áreas contaminadas e auxiliarem no monitoramento transmitindo informações às pessoas.
A própria Agência de Projetos de Pesquisa Avançados do Departamento de Defesa americano estaria interessada em pesquisas para a geração de eletricidade em insetos, o que poderia permitir que fossem instalados microcâmeras ou microfones neles.

Scherson esclareceu que o grande desafio é o limite de energia possível de ser obtida num inseto considerando a pouca quantidade de sangue que possuem. Entre os próximos passos dessa pesquisa estão os testes para ver quantas células de combustível uma barata pode tolerar  visando obter o máximo de energia possível. A seguir, pretendem ligar essas células de bio-combustível nas baratas a circuitos de rádio para verificar se o inseto pode recolher informação e transmiti-lo usando sua própria energia.

Via:

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Cientistas Recuperam Áudio de 125 Anos- A Voz de Graham Bell??


Material recuperado pode ter a voz de Graham Bell.
 Uma equipe de cientistas do Lawrence Berkeley National Laboratory  conseguiu recuperar, usando recursos de tecnologia de digitalização óptica 3D, o som de vozes em antigas gravações realizadas no laboratório de Graham Bell.

O material havia sido gravado há 125 anos por pesquisadores que trabalhavam no chamado ‘Volta Laboratory’, laboratório criado por Alexander Graham Bell  em Washington, Estados Unidos, com objetivo de servir às pessoas com dificuldades auditivas.  


O objetivo dessas gravações realizadas pela equipe de Graham Bell era tentar melhorar a qualidade do fonógrafo, aparelho inventado por Thomas Edison em 1877 que permitia gravar e reproduzir áudio.

fonógrafo inventado por Edison era constituído por um cilindro com sulcos coberto por uma folha de estanho. Uma ponteira aguda era pressionada contra o cilindro que, conectado a um cone, conseguia captar e registrar sons a medida que ia girando. Quando a gravação estava pronta, era possível ouvi-la girando o cone novamente devido a ação de uma agulha que percorria os sulcos e reproduzia as vibrações no cone.

As gravações realizadas no laboratório de Graham Bell haviam sido feitas em vários suportes (mídias) a medida que sua equipe tentava melhorar a qualidade de som do fonógrafo,  na época recentemente inventado por Thomas Edison.

Graham Bell,  famoso por ser considerado durante muito tempo inventor do telefone (em 2002 o governo americano reconheceu que o legítimo inventor do telefone foi o italiano Antonio Meucci )  enviava periodicamente o resultado de suas experiências para o Instituto Simthsonian, como precaução contra a possibilidade de roubarem suas idéias. 

 O problema é que essas gravações que ficaram sob a custódia do Instituto Smithsonian não podiam ser reproduzidas pois os dispositivos que tornariam isso possível não haviam sido enviados por Graham Bell.
Isso fez com que essas gravações permanecessem inéditas por 125 anos.

No entanto, agora, graças a novas técnicas de escaneamento óptico essas vozes podem ser novamente ouvidas.

Os especialistas em restauração de áudio, Carl Haber e Earl Cornell, em conjunto com especialistas de conversão digital,  usando uma combinação de hardware / software chamado sistema IRENE/3D,  conseguiram, primeiro obter imagens de alta resolução dos cilindros ou discos giratórios.
Em seguida,  eles removeram erros causados por danos que os discos ou cilindros sofreram ao longo do tempo.

Para extrair então o áudio original, eles simularam a ação da agulha se movendo sobre os sulcos através de um programa de computador  que lia as imagens digitalizadas em 3D.
Com esse sistema, as gravações iniciais puderam ser obtidas novamente sem que se precisasse sequer tocar no material original, o que poderia danificá-lo durante esse processo.

Com essa técnica inovadora, a equipe do Lawrence Berkeley National Laboratory  foi capaz de ouvir vozes humanas recitando Shakespeare, ou ainda lendo um livro ou um jornal há mais de um século.

Uma outra característica do sistema IRENE/3D,  desenvolvido em Berkley  há quase 10 anos,  é a capacidade de digitalizar discos feitos de vários materiais. O material disponibilizado pelo Instituto Smithsonian, por exemplo, possui discos feitos de cera e alguns de vidro, o que teria exigido um equipamento específico para ouvir o que  cada uma dessas mídias tem gravado.

A equipe já conseguiu reproduzir  até então as gravações de seis discos, mas ainda há cerca de 400 outros no acervo da Smithsonian, além de vários cilindros tanto originários do laboratório de Graham Bell como de outros.

Em relação ao material gravado já recuperado, não se pode afirmar com certeza se alguma das vozes seja de Graham Bell. Mas essa é uma hipótese bastante provável uma vez que a maioria dos historiadores concordam que a equipe de Graham Bell era composta por ele, seu primo Chichester Bell e Charles Sumner Tainter.



Um exemplo do áudio restaurado pode ser obtido no link abaixo:


Imagens:
Disco e foto de Graham Bell – Crédito: Library and Archives Canada
Laboratório Volta – Crédito: DC SHPO


Fontes:

Cientistas Descobrem Evidência de Vida em Plutão


Um grupo de cientistas descobriu evidências do que podem ser chamados de  "blocos de construção da vida" na superfície de Plutão.

A partir de dados obtidos com o espectógrafo do telescópio espacial Hubble, os  pesquisadores descobriram  moléculas orgânicas complexas que podem ser responsáveis ​​pela coloração avermelhada característica do planeta Plutão.

Ao análisarem os dados sobre o planeta Plutão, os pesquisadores notaram que uma substância estava absorvendo mais luz ultravioleta do que era esperado."Esta é uma descoberta animadora porque algumas moléculas e hidrocarbonetos de Plutão que podem ser responsáveis ​​pelas características espectrais ultravioleta identificadas pelo Hubblepodem, entre outras coisas, também serem ser responsáveis pela cor avermelhada do planeta." Afirmou o chefe da pesquisa, o professor Alan Stern, do Southwest Research Institute, emBoulder, Colorado.


O planeta Plutão orbita ao longo de vários outros objetos gelados, que também são vermelhos, no chamado cinturão de Kuiper.  Os pesquisadores estimam que os mesmos compostos orgânicos identificados em Plutão podem existir em vários outros objetos no mesmo cinturão de Kuiper.
Em poucos anos, quando a sonda New Horizon da Nasa visitar Plutão, os cientistas serão capazes de obter maiores detalhes sobre este planeta. A sonda New Horizon foi lançada em 2006 e tem previsão de viajar 10 anos até chegar ao planeta Plutão. Ela não vai descer no planeta, ficará orbitando o planeta anão numa distância de cerca de 13 mil kilômetros.
"A descoberta que fizemos com o Hubble nos lembra que mesmo outras descobertas ainda mais excitantes sobre a composição  e  superfície de Plutão serão obtidas quando a sonda New Horizon da NASA chegar lá em 2015.”, afirmou Stern.

Glen Fountain,  gerente de projeto New Horizon na Johns Hopkins University, afirmou:

"Percorremos um longo caminho através do sistema solar. Quando lançamos a sonda , parecia que a viagem de 10 anos não terminaria mais, mas os anos foram passando rapidamente para todos nós. Estamos já há quase seis anos de viagem e faltam apenas cerca de três anos, até o início de nosso encontro com Plutão. "
Crédito das Imagens: NASA

Fonte:

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Estados Unidos Censura Estudo Da Gripe


Durante um painel sobre bio-segurança, ‘National Science Advisory Board for Biosecurity’,  representantes do  governo americano solicitaram a duas revistas científicas para que não publiquem informações detalhadas sobre a criação de uma forma extremamente letal de gripe.

Autoridades americanas responsáveis pela bio-segurança pediram aos responsáveis pelas revistas científicas para que não publiquem os detalhes sobre os experimentos biomédicos que criaram recentemente uma forma extremamente transmissível da gripe aviária.

O apelo aos representantes dos periódicos científicos Science e Nature  evidencia que o governo americano está preocupado com a questão e não quer que terroristas possam  ter acesso aos detalhes que poderiam levar a replicação do experimento que criou a nova super gripe.

Os experimentos que foram realizados por cientistas dos Estados Unidos e da Holanda,  criaram uma forma altamente transmissível do H5N1, o vírus da gripe aviária. Esta variação do vírus da gripe normalmente não é transmitida entre humanos, mas quando isso acontece geralmente causa a morte. Detectado pela primeira vez em 1997,  este vírus já foi contraído por cerca de 600 pessoas, sendo que mais da metade morreu. Praticamente todas essas pessoas são de origem asiática e pegaram a doença no contato com aves.

O resultado desta experiência é assustador porque a transmissão fácil pode fazer com que o vírus se espalhe rapidamente através da tosse e da secreção o que poderia causar uma das maiores pandemias globais que a humanidade já enfrentou.

Embora os membros desse painel não possam forçar os jornais a censurarem esses artigos, o editor da revista Science já manifestou-se dizendo que vai considerar seriamente as recomendações e provavelmente vai reter parte das informações que seriam divulgadas, alegando porém que o fará apenas se o governo americano definir uma forma de divulgação destes dados à cientistas legítimos.

Coincidência ou não, o governo de Hong Kong começou nos últimos dias o sacrifício de milhares de aves depois que foi detectado um frango com o vírus H5N1.
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Fonte:

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