terça-feira, 5 de junho de 2007

Assistir TV pode causar Alzheimer e outras doenças em Crianças





Estudo mostra que os efeitos prejudiciais da TV nas crianças são ainda mais abrangentes do que se supunha anteriormente.
As descobertas foram reunidas pelo Dr Aric Sigman, um psicólogo que já havia publicado trabalhos sobre os problemas causados pela televisão. Em seu novo relatório, ele analisa 35 estudos científicos e aponta 15 diferentes problemas relacionados ao hábito de assistir TV por várias horas.
Dr. Sigman sugere que as conseqüências de assistir TV são ainda muito mais sérias do que a obesidade relacionada ao sedentarismo. A lista de doenças relacionadas inclui miopia, déficit de atenção, diabetes, autismo, câncer e Alzheimer.
Seu relatório foi publicado na respeitável revista Biologist, atribui o problema ao tempo excessivo que gastamos defronte a TV. Para a maioria das pessoas, assistir TV atualmente consome mais tempo que qualquer outra atividade exceto trabalhar e dormir. De acordo com o instituto de pesquisa British Audience Research Bureau, na idade de 75 anos uma pessoa teria gasto mais do 12 anos de sua vida assistindo televisão.
Dr Sigman, que é membro do British Psychological Society afirma que "Os estudos médicos analisados se referem ao ‘meio televisivo’ em si, independente dos programas que as crianças estejam assistindo. É o número de horas e a idade com que elas iniciam que produz os efeitos biológicos. É por causa do ‘meio’ em si e não da mensagem que estes efeitos estão ocorrendo.’
A pesquisa do Dr Sigman baseia-se em estudos de grupos que incluem a Academia Americana de Pediatria, Universidade de Cornell, Centro Médico da Universidade de Stanford, o British Market Research Bureau e publicações médicas tais como o Lancet e o Jornal de Pesquisa do Sono.
O alerta se deve principalmente ao fato de que uma criança com 6 anos de idade já teria gasto 1 ano de sua vida defronte a TV. Segundo ele, se adicionarmos o tempo diante do computador poderemos concluir que assistir uma ‘tela’ seja a principal atividade de crianças de idades de idades entre 11 to 15. Elas passam 55% de sua vida acordada, ou sete horas e meia por dia, assistindo computadores e televisão, representando 40% a mais do que a década passada.
Dr Sigman alega que os efeitos são percebidos no corpo e na mente. No cérebro, um dos efeitos é a inatividade de áreas estimuladas pela leitura por exemplo.
A influência das técnicas modernas de edição que incluem vários cortes rápidos de cenas também são em parte responsáveis pelo problema. De acordo com Dr Sigman, o cérebro é programado para se auto-recompensar com o neurotransmissor dopamina para que seja capaz de lidar com o bombardeio de imagens fornecidas pela tela.
Ele associa isso então não apenas a obesidade mas ao Alzheimer, diabetes e mesmo a destruição de células. Além disso ele aponta a televisão como fator chave na redução dos níveis do hormônio melatonina, a substância que regula o relógio interno do corpo e também controla a velocidade com que a puberdade se desenvolve.

A Melatonina é produzida à noite e induz à sensação de sonolência. Mas o relatório sugere que a luz brilhante emitida pela TV pode estar associada aos baixos níveis desse hormônio no sangue. O resultado pode ser uma geração de crianças que estão entrando cada vez mais cedo na adolescência.
Dr Sigman é categórico ao afirmar que "Permitir que as crianças continuem assistindo tanta TV ou computador é abdicar de sua responsabilidade paterna"

Abaixo alguns problemas citados no estudo do Dr. Sigman e que estão relacionados ao exagerado tempo diante da TV:

OBESIDADE
Ficar sentado frente a tela, aliado à má alimentação resultam em obesidade.

REGENERAÇÃO
Televisão pode estar envolvida em alterações na atividade, tamanho e consistência das células da pele responsáveis pela regeneração e defesa contra doenças.

DOENÇAS DO CORAÇÃO
Aumento de colesterol e um potencial risco de doenças do coração estão relacionados com hábitos sedentários adquiridos na infância e adolescência.

METABOLISMO
A taxa de metabolismo é reduzida a medida que aumentam as horas diante da TV. Baixo metabolismo dificulta a queima de gordura.

VISÃO
Problemas de visão como a miopia, antes atribuídos somente à predisposição genética agora estão sendo relacionados a exposição demasiada à TV e ao computador.

ALZHEIMER
Pessoas entre 20 e 60 anos que assistem TV estão sujeitas a desenvolver doença de Alzheimer. A cada hora diária de televisão o risco de desenvolver a doença aumenta. A atenção, a memória e o tempo de reação podem também ser afetados.

DISTÚRBIOS DE ATENÇÃO
Longos períodos assitindo TV podem danificar o desenvolvimento de células cerebrais resultando em dificuldade em se concentrar. Em crianças podem resultar em dificuldades de aprendizado.

HORMÔNIOS
Assistir TV reduz a produção de melatonina, importante hormônio e poderoso antioxidante que tem papel fundamental no sistema imunológico, no ciclo do sono e nos processos fisiológicos relacionados a puberdade.

CANCER
Segundo o Dr. Sigman, níveis reduzidos de melatonina podem interferir no DNA e aumentar a chance de mutações celulares.

PUBERDADE PRECOCE
Estudos relacionam a baixa taxa de melatonina a puberdade precoce.

AUTISMO
Assistir televisão pode ser um fator importante no desenvolvimento do autismo em crianças mais novas. Atualmente uma a cada 166 crianças são afetadas pelo autismo. Dr Sigman sugere que a televisão pode ser o gatilho que desencadearia o autismo em crianças com tendência a essa condição.

SONO
Foi apontada relação entre a exposição a televisão e dificuldades de dormir em grupos de idades diferentes de crianças a adultos.

APETITE
A falta de sono atribuída a TV pode aumentar o apetite e a produção de gordura no corpo. Pesquisas sugerem que isso se deve a alterações nos hormônios que controlam as sensação de fome e de saciedade.

DESENVOLVIMENTO CEREBRAL
Mesmo atividades interativas como jogos de computador têm sido associadas com baixa atividade neurológica. Assistir TV foi apontado por neurocientistas como "uma atividade não intelectualmente estimulante" para o desenvolvimento cerebral.

DIABETES
Assistir TV está diretamente relacionado ao aumento do risco de diabetes principalmente devido ao sedentarismo e ao consumo de alimentos doces.

Referências: http://news.bbc.co.uk/ http://news.scotsman.com/

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