segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Qual o lugar mais seguro num avião para sobreviver a um acidente aéreo?




Chances de sobrevivência para várias partes na cabine de passageiros, baseada em análise de todos acidentes aéreos acontecidos nos Estados Unidos onde foi possível obter informações detalhadas sobre os assentos envolvidos desde 1971. (ilustração de Gil Ahn. da http://www.seatguru.com.)


A grande maioria dos experts de aviação, bem como os próprios fabricantes de aeronaves garantem que não há como se dizer qual o lugar mais seguro dentro de uma aeronave no caso de um acidente.

Mas, será que as coisas são realmente assim? O site Popular Mechanics resolveu ir à pesquisa e analisar dados sobre todos os acidentes aéreos que aconteceram nos Estados Unidos desde 1971 com aviões comerciais onde tenham havido tanto vítimas fatais quanto sobreviventes.

A conclusão desta pesquisa é de que quanto mais para trás da aeronave sentarmos maiores são as chances de sobrevivência. Passageiros perto da cauda da aeronave tem 40 % mais chances de sobreviver do que aqueles nas 5 primeiro fileiras de poltronas mais à frente da aeronave.


Por várias semanas eles se debruçaram sobre relatórios arquivados pelos investigadores de acidentes aéreos da NTSB e estudaram as localizações das poltronas relacionando ao fato se o passageiro morreu ou sobreviveu. Calcularam então a média de sobrevivência e de morte para as poltronas da frente até a cauda dos aviões em cada acidente. Refizeram os cálculos dividindo os passageiros em quatro setores: traseira (rear cabin), sobre a asa (over wing), à frente da asa (head cabin), frente (First/Business Class). Os dois métodos apontaram claramente a mesma conclusão: é mais seguro na parte de trás.

Em 11 de 20 acidentes, passageiros na parte traseira dos aviões se deram melhor. Apenas 5 acidentes favoreceram os que estavam sentados à frente. Três foram por absoluta sorte, sem nenhum padrão de sobrevivência em particular.

Em sete de 11 acidentes a vantagem de quem estava sentado atrás foi gritante. Num acidente de 1982 em Washington e num acidente em 1972 no Aeroporto Kennedy de Nova York o punhado de passageiros que sobreviveram estavam todos sentados nas últimas fileiras de poltronas. Apontaram ainda o caso de um United DC-8 que ficou sem combustível perto de Portland, Oregon em 1978, onde os sete passageiros que morreram estavam sentados nas quatro primeiras fileiras.

Houve apenas um acidente em 1989 da USAir em que os passageiros da frente levaram vantagem pois as duas vítimas estavam sentadas nas últimas fileiras do Boeing 737.

Segundo a pesquisa a tendência é clara: A parte traseira da cabine (assentos localizadas atrás do bordo de fuga da asa) tem o maior índice médio de sobrevivência chegando a 69%, enquanto a seção sobre a asa e a área imediatemente à frente ficaram com 56% . As primeiras fileiras de poltronas tiveram um percentual de sobrevivência de apenas 49%.

Eu particularmente sempre achei que isso fosse verdade, por uma simples razão: As partes dianteiras da aeronave vão cedendo gradualmente em um impacto de frente, amortecendo os efeitos nas partes traseiras. Se o avião voasse de marcha a ré eu diria que seria a parte da frente a mais segura. O mesmo ocorre em qualquer veículo que esteja se deslocando para frente. Se não fosse assim, porque toda a preocupação da indústria automobilística em tornar os materiais mais absorventes de impacto visando diminuir os efeitos das colisões?
Sabemos que quanto maior a capacidade do veículo de absorver o impacto, maiores as chances de sobrevivência de seus ocupantes. Embora seja baixíssima a chance de sobrevivência em um acidente aéreo, eu prefiro tê-la aumentada nem que seja só um pouquinho escolhendo uma poltrona lá dos fundos.
"Um assento é tão seguro quanto os outros" Site da Boeing Web
"É uma velha discussão. Não há como se dizer." -Portavoz da Federal Aviation Administration "Não há lugar mais seguro que outro" -Airsafe.com

Postagens populares

Direitos Autorais

É expressamente proibida qualquer forma de cópia integral de qualquer postagem deste blog. No máximo você poderá citar trechos dando os devidos créditos e colocando link para postagem original. Caso você não obedeça essa determinação arcará com a responsabilidade perante a legislação sobre direitos autorais.

Se você achar que algum post está utilizando trechos de textos ou imagens que de alguma maneira firam seus direitos, por favor entre em contato no email contato@rstri.com