quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Pais Passam Medo Irracional De Aranhas E Cobras A Seus Filhos


Se você tem pavor de cobras e aranhas talvez deva culpar seus pais. Um novo estudo questiona a idéia amplamente difundida de que o medo desses animais rastejantes seja algo instintivo e sugere pelo contrário nós aprendemos a ter medo nos primeiros anos de vida.
Entre as fobias consideradas irracionais pelo estudo está talvez o mais comum de todos: o medo de cobras. Acredita-se que cerca da metade da população sofre desse medo sem nunca ter sequer visto uma cobra de verdade ao vivo.
Os especialistas que participaram do estudo na Rutgers University em Newark , na Inglaterra, acreditam que as pessoas não nascem com um medo inato de animais rastejantes. Elas na verdade aprendem a ter medo desses animais nos primeiros anos de vida.
Eles apresentaram dois vídeos a bebês de sete meses de idade um de uma cobra e outro de um animal não-ameaçador.
Ao mesmo tempo, os bebês ouviram uma gravação de uma voz humana com medo e outra feliz. Conforme os cientistas reportaram no periódico Current Directions in Psychological Science, os bebês passaram mais tempo olhando os vídeos da cobra em razão de ouvirem as vozes com medo, embora não tenham demonstrado estarem com medo. Estudos anteriores já haviam mostrado que as pessoas podem ser ensinadas a temerem quase qualquer coisa.

Na Suécia, cientistas mostraram a voluntários imagens de cobras, aranhas, flores e cogumelos dando-lhes um pequeno choque elétrico.


O resultado não foi nem um pouco surpreendente: os voluntários aprenderam a associar todas as imagens com medo.Acredita-se que na Grã-Bretanha, onde foi realizado o estudo, metade das mulheres e um quinto dos homens têm medo de aranhas, independentemente delas serem perigosas ou não. Muitos cientistas argumentam que essas fobias, exploradas principalmente por filmes de Hollywood , evoluíram milhões de anos atrás quando nossos antepassados viveram ao lado de um grande número de répteis e insetos mortais na África.


A chamada seleção natural impele as pessoas que ficarem longe de animais potencialmente perigosos. Mas esse estudo desafia a teoria de que medo de cobra e aranha são fobias inatas. Bebês reconhecem animais potencialmente perigosos, mas não os temem necessariamente. Em um segundo experimento, foram apresentadas para crianças de três anos nove fotografias numa tela.

A seguir foi solicitado que elas destacassem algumas delas. Eles identificaram cobras mais rapidamente do que flores e outros animais que se parecem com elas lagartas e sapos. As crianças que tinham medo de cobras foram ainda mais rápidas na identificação delas do que as crianças que não tinham desenvolvido essa fobia.


"O que estamos sugerindo é que temos esses preconceitos para detectar coisas como cobras e aranhas rapidamente e associá-los com coisas ruins, como uma voz com medo. Bebês detectam cobras rapidamente e logo aprendem a temê-las rapidamente." afirmou ao Daily Mail a Dra Vanessa LoBue da Universidade de Rutgers, uma das autoras do estudo.

Via:
http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-1350408/Parents-pass-irrational-fear-spiders-snakes-children.html

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