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terça-feira, 14 de julho de 2009

Budismo Exportando Felicidade




Um jornalista do jornal inglês Financial Times, em 1987 entrevistava Jigme Singye Wangchuck, que é o rei de uma nação encravada na Cordilheira do Himalaia, o Butão. Lá pelas tantas o jornalista pergunta ao monarca qual a razão do desenvolvimento do Butão ser tão lento. O rei lhe respondeu: “A Felicidade Interna Bruta é mais importante que o Produto Interno Bruto. Em nosso processo de desenvolvimento, a felicidade precede a prosperidade econômica.”

Esse pequeno país escondido nas montanhas busca desde 1974, quando o atual rei foi coroado em substituição ao seu pai, equilibrar o desenvolvimento econômico com os valores culturais e espirituais da nação. O foco passa a ser a idéia de que o bem estar do indivíduo não precisa estar diretamente relacionado aos bens materiais.
A avaliação do desenvolvimento das nações pelo índice do Produto Interno Bruto (PIB) não é de hoje que é considerado limitado.

Ao considerar na sua fórmula de cálculo apenas transações econômicas, este índice ignora se as riquezas de um país foram frutos da destruição do ambiente,de prostituição ou de guerras e não de atividades honestas e sustentáveis.

A conservação de um patrimônio cultural, artístico ou de algum recurso natural não é registrado pelo PIB, mesmo que para isso a nação tenha utilizado grandes somas de dinheiro.

Pelo contrário, um evento que causa sofrimento, como um grande acidente nas estradas por exemplo, vai desencadear toda uma cadeia econômica envolvendo aquisição de novos veículos, serviços de consertos gerando movimentações financeiras que são contabilizadas no PIB.
No Butão, o povo se engajou na proposta do rei em colocar em prática o Índice de Felicidade Bruta (FIB) .

Já em 1998 o conselho de ministros criou o Centro de Estudos do Butão, que passou a reunir e organizar as informações sobre o FIB tendo sido incluídos nos planos do governo. Quatro pilares sustentariam o o FIB: Desenvolvimento sócio-econômico sustentável e equitativo, conservação ambiental, promoção do patrimônio cultural e boa governança.
No resto do mundo, cada vez mais cientistas, economistas e empresários buscam novos indicadores além do fluxo de dinheiro em si.

Na década de 90 foi criado o IDH (índice de Desenvolvimento Humano que é utilizado pela ONU que além da renda per capita de um país, considera também a expectativa de vida dos habitantes, o grau de alfabetização e as realizações educacionais. Já o Indicador de Progresso Genuíno (IPG) acrescenta nos cálculos os aspectos negativos criados pela sociedade, que normalmente não são considerados pelo PIB. Um fábrica geraria um aumento no PIB, mas se os benefícios vierem aliados a degradação da saúde, cultura e do bem estar da comunidade, o resultado final poderia ser completamente nulo.


Não é fácil , no entanto, medir a felicidade tendo em vista que cada indivíduo a percebe de forma diferente. Se a felicidade é a soma de prazeres originados de estímulos externos, e estes por sua vez são passageiros, a busca de prazeres materiais torna-se consequentemente cada vez maior.
No Butão, prevalece o Budismo que em sua filosofia indica outra fonte de felicidade: Os estímulos internos. É o estado em que o indivíduo vivencia o ‘ser’, ao contrário de reagir apenas a estímulos externos. O estudo do comportamento humano já comprovou que a mente pode ser treinada por meio de práticas como a meditação para conseguir estados duradouros de serenidade e contentamento.

Compreendida dessa forma, a felicidade deixa de ser apenas a busca desenfreada de sensações externas. Isso resulta numa economia mais saudável, uma vez que é abandonado o consumo insustentável de recursos naturais.
O primeiro-ministro do Butão, Jigmi Thinley, em discurso na ONU afirmou que “É responsabilidade do Estado criar um ambiente que permita aos cidadãos buscar a felicidade.O bem estar material é apenas um componente e este não assegura que os cidadãos estejam em paz com o ambiente e em harmonia com ele.”

Com o apoio total do rei, o FIB passou a ser elemento estratégico na política e planejamento do Butão. Aos pilares iniciais do FIB (bom padrão de vida, boa governança, proteção ambiental e promoção da cultura) foram adicionados outros cinco itens: educação de qualidade, boa saúde, vitalidade comunitária, gestão equilibrada do tempo e bem-estar psicológico.

Vejo que a questão cultural é a mais importante para que um povo absorva esses conceitos. É preciso que cada indivíduo esteja interessado na busca pela paz e felicidade interior. Esse interesse pode sim ser estimulado nas famílias e nas escolas que são a base da formação do indivíduo.

Mas estamos muito longe de revertermos a situação considerando o ponto em que estamos. Os meios de comunicação criam cada vez mais a idéia do ‘ter’ acima do ‘ser’. Sucesso em nossa sociedade virou sinônimo de capacidade de aquisição de bens. Nesse contexto a própria ética é levada de roldão e parte desse resultado pode ser constatado em muitos dos representantes políticos que temos em nosso país.


Referência: Matéria da Revista Planeta sobre o Butão (edição Janeiro de 2009).

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

BR Games premiara criadores de jogos


O Ministério da Cultura do Brasil anuncia que financiará dez projetos de jogos este ano. As inscrições pra a seleção do governo deverá abrir ainda neste mês de janeiro de 2009.

O BR Games foi criado pelo ministério da cultura para incentivar a produção de jogos no país.

A indústria de games brasileira que hoje tem uma participação bastante modesta num mercado mundial cada vez maior vai ganhar um incentivo de R$ 1,07 milhão.


Os jogos eletrônicos desenvolvidos para computadores e consoles de videogames estão atraindo cada vez mais jovens cheios de talento que adoram competição.


No Rio Grande do Sul além do curso no SENAC Informática em Porto Alegre, existe a possibilidade de fazer um curso de nível superior na Unisinos em São Leopoldo na região metropolitana.


No SENAC o investimento é de R$ 2.082,00 pelo curso, podendo este valor ser parcelado em até 12 vezes com cartão de crédito ou cheques.


O curso da Unisinos é o de graduação em Jogos Digitais e para entrar o aluno deverá prestar vestibular. O custo fica em torno de R$ 350,00 reais ao mês caso o aluno opte por exemplo em fazer 3 disciplinas num semestre.

O concurso do Ministério da Cultura irá selecionar 10 projetos de demos jogáveis, espécie de piloto do game, com poucas fases implementadas.

A expectativa é que esses embriões sejam apresentados para produtoras estrangeiras para quem sabe um lançamento oficial.

Sete projetos desenvolvidos por pessoas físicas vão receber R$ 70 mil cada para produzir os demos.

Já as empresas que forem selecionadas irão ganhar R$ 112 mil para a produção. O orçamento total deve chegar a R$ 140 mil e o governo vai bancar 80% dos custos.

A participação em uma feira no exterior é um dos requisitos para que o selecionado receba a última parcela.

Nos próximos dias deverá ser divulgado a data da abertura das inscrições para esta seleção de projetos de games. Mais informações poderão ser encontradas no site http://www.cultura.gov.br/

Abaixo o texto que explica a seleção que o Ministério da Cultura fará no projeto BR Games (texto retirado do site oficial: http://www.cultura.gov.br/site/2008/11/07/br-games

O BRGames tem como objetivo fortalecer a indústria de jogos eletrônicos no Brasil, fomentar a participação da pesquisa e desenvolvimento na área de jogos de computador e entretenimento digital da América Latina e estimular a criação de ambientes de mercado no Brasil e no exterior.
A iniciativa é do Ministério da Cultura, por meio das Secretarias do Audiovisual (SAv) e de Políticas Culturais (SPC) e do Programa de Desenvolvimento da Economia da Cultura (Prodec), em parceria com a Sociedade Brasileira para Promoção da Exportação de Software (Softex) e Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File), com o apoio da Associação Brasileira de Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames).
Na apresentação, o secretário do Audiovisual, Silvio Da-Rin, fará uma explanação sobre o Programa e divulgará uma série de mudanças em relação às edições anteriores dos concursos voltados ao jogos eletrônicos promovidos pelo MinC. Também estarão presentes a organizadora do File, Paula Perissinotto, e o presidente da Abragames, André Penha.

Políticas para o Setor
O segmento dos jogos eletrônicos apresentou a maior taxa de crescimento de toda indústria audiovisual na última década. Dentre as aplicações, tem-se o entretenimento, publicidade, treinamento e educação.
Por entender ser o setor estratégico para disseminação de imagens, ícones e imaginário - com presença acentuada num contexto de convergência tecnológica - o Ministério da Cultura tem formulado uma política de apoio ao setor.
Nas duas edições anteriores dos concursos voltados aos jogos eletrônicos, chamados de Jogos BR, foram fomentados 16 demos jogáveis e dois jogos completos. O BRGames buscará promover uma forma mais ampla e incisiva de apoio.

Fonte: Diário Gaúcho e site do Ministério da Cultura

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